8 dezembro 2025

Especialistas analisam denúncias de Mari Menezes e alertam para os sinais de abuso

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A influenciadora Mari Menezes, de 20 anos, revelou diversas situações abusivas e manipuladoras que teria vivido durante o namoro com DJ Ulisses, de 21. O relato, compartilhado por meio das redes sociais, chocou fãs e seguidores da famosa e repercutiu na internet. Segundo ela, o ex chegou a dar remédio misturado em bebida alcoólica sem seu consentimento.

Na sexta-feira (12/9), Mari afirmou que Ulisses tentava silenciá-la. “Tudo precisava seguir suas regras e, quando não era assim, vinham as brigas. Já presenciei ele quebrando cama, espelho, me xingando na frente de todo mundo. Eu chorava, tinha crises de ansiedade e ele prometia que ia mudar porque me amava. Eu acreditava”, contou.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Reprodução/Instagram @marimenezees_ Mari Menezes desabafa sobre traição do ex, Ulisses DJReprodução/Instagram @marimenezees_ Ex de Mariana Menezes se pronuncia sobre acusações: “Eu só sou um menino de 21 anos”Reprodução/Instagram Mari Menezes falou sobre dinheiro e fama aos seguidoresReprodução: TikTok/Mari Menezes Mari Menezes e DJ UlissesReprodução/Instagram @marimenezees_

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Em resposta, o DJ gravou um vídeo admitindo erros, mas negou a acusação de dopar a ex. “Errei, tenho total consciência disso. Quero pedir desculpa a ela por não ter sido a pessoa que desejava que eu fosse. Mas não daria remédio para alguém sem consentimento. Não vou carregar essa culpa”, destacou.

O portal LeoDias conversou com o psicólogo André Machado e o psiquiatra Iago Fernandes, que destacaram a importância do debate sobre saúde mental e relacionamentos tóxicos. Segundo André, os sinais mais comuns de um relacionamento abusivo incluem controle sobre escolhas, de roupas a interações sociais, muitas vezes disfarçados de proteção.

“No caso de Mari Menezes, a obsessão por controle reflete uma tentativa de compensar fragilidades emocionais por meio da dominação. A manipulação, alternando entre afeto exagerado e críticas destrutivas, destrói a autoestima da vítima, enquanto agressões verbais ou destruição de objetos geram medo. Isso dificulta perceber o abuso, que se instala de forma gradual”, explica.

Ele reforça que promessas de mudança e o isolamento da vítima perpetuam o ciclo. “A insegurança do abusador, combinada com promessas de mudança e isolamento social da vítima, obscurece a toxicidade. A denúncia de Mari Menezes expõe a gravidade desses danos invisíveis e a importância de educação sobre relacionamentos saudáveis e suporte psicológico”, afirma.

Impactos mentais e emocionais de ter a autonomia violada
Sobre a acusação de uso de substâncias, André avalia: “A violação da autonomia em um relacionamento íntimo, como no caso de Mari Menezes, causa traumas profundos. Esse abuso, que mistura manipulação e risco físico, pode levar a ansiedade severa, hipervigilância e sintomas de estresse pós-traumático. A traição abala a confiança da vítima, dificultando novos vínculos. É uma ruptura devastadora no senso de segurança pessoal”.

Ele acrescenta que comete esse tipo de violação costuma exibir traços de narcisismo e necessidade de controle, tratando a parceira como extensão de si. “A denúncia de Mari Menezes revela a gravidade desses danos invisíveis, destacando a importância de terapias focadas em trauma, que são essenciais para reconstruir autoestima e a capacidade de estabelecer limites claros. O apoio de familiares e amigos ou grupos de sobreviventes é crucial para reforçar a coragem e buscar a recuperação plena da saúde mental”, fala o especialista.

O psiquiatra Iago Fernandes destaca que o acompanhamento deve ser feito com especialistas em trauma e violência doméstica. “A Terapia Cognitivo-Comportamental e a Terapia de Apoio ajudam a trabalhar crenças distorcidas, restaurar a autoestima e retomar a autonomia. Em alguns casos, pode ser necessário acompanhamento psiquiátrico para sintomas graves como depressão ou insônia”, diz.

Como a rede de apoio pode ajudar no processo de recuperação
Ele ressalta ainda o papel da rede de apoio: “Família, amigos e grupos de acolhimento devem ferecer escuta sem julgamentodevem, validar o sofrimento da vítima e reforçar a capacidade de reconstruir a vida. Esse suporte reduz o isolamento aumenta a segurança emocional e acelera a recuperação”.

Para o especialista, o tema também toca a sexualidade. “Ela envolve identidade, afeto, prazer, autoestima e liberdade. Quando há abuso, não é apenas psicológico: há ruptura na vivência saudável da sexualidade”, explica. “É preciso quebrar o tabu: falar de sexualidade é falar de dignidade, respeito e do direito de cada pessoa ser protagonista da própria história. Promover saúde mental também significa promover uma sexualidade livre de violência e culpa”, acrescenta.

O psiquiatra Iago conclui: “Casos como o de Mari mostram que relacionamentos saudáveis devem ser espaços de cuidado e crescimento mútuo, não de controle ou medo. É hora da sociedade abandonar preconceitos, encarar o tema com maturidade e compreender que defender a liberdade sexual e emocional das pessoas é defender, em última instância, a própria saúde e a vida”.

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