6 dezembro 2025

Hacker que forneceu dados para ameaçar Felca é preso em operação policial

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, nesta terça-feira (16/9), um hacker de 26 anos, conhecido como “Jota”, acusado de ser o responsável por vazar dados usados para ameaçar o youtuber Felca. Ele foi apontado como a principal “fonte” de informações sensíveis roubadas de sistemas do governo e da Polícia Federal (PF).

Segundo informações do Metrópoles, Jota tinha acesso a bancos de dados estratégicos, como registros de investigações, sistemas de reconhecimento facial e até informações sobre voos dentro e fora do Brasil. O suspeito também dizia ter conseguido 239 milhões de chaves Pix em um arquivo de 460 gigabytes, que ele teria retirado de sistemas ligados ao Poder Judiciário.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Felca no FantásticoReprodução: TV Globo) Felca vence processor judiciais contra redes sociais e entra com ação contra mais de 200 perfisFoto: Reprodução/Felca Reprodução/GNT FelcaReprodução YouTube Felca Felca falou da repercussão do vídeo sobre adultização no “Altas Horas”, da GloboReprodução Globo

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Como funcionava o esquema
A polícia identificou que havia uma divisão de papéis entre os criminosos:

O hacker (Jota): invadia os sistemas e roubava os dados;
Os “painelistas”: compravam essas informações e revendiam em grupos no Telegram. Eles cobravam assinaturas mensais para liberar os acessos;
Os golpistas: eram os que usavam os dados comprados para aplicar fraudes em diferentes estados.

De acordo com a investigação, Jota cobrava a partir de R$ 1 mil por cliente. Já um dos painelistas, chamado “Menor”, administrava mais de 200 grupos e chegava a lucrar cerca de R$ 10 mil por mês, vendendo acessos a sistemas automáticos (bots) por R$ 50 cada.

Prisões em três estados
A ação policial cumpriu três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo, com a participação de mais de 50 agentes.

Em São Paulo, um suspeito foi preso por aplicar golpes diretamente;
No Rio Grande do Norte, outro investigado teria criado um sistema para consultas ilegais em grupos de WhatsApp. Segundo a polícia, ele liderava um grupo que, além de usar dados vazados em fraudes digitais, também compartilhava conteúdos de pedofilia e fazia apologia ao nazismo.

O que a polícia espera descobrir
Com o material apreendido nesta fase da operação, os investigadores acreditam que será possível mapear toda a rede: desde quem invade sistemas, até quem revende e quem aplica os golpes. O objetivo é identificar mais criminosos que exploravam os dados pessoais de milhões de brasileiros em fraudes espalhadas pelo país.

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