Nesta quinta-feira (18/9), durante o Festival Negritudes São Paulo, transmitido pela Globo, a jornalista Rita Batista falou com exclusividade à apresentadora da LeoDias TV e repórter do portal LeoDias, Janaína Nunes, sobre a representatividade do evento, resumindo-o em duas palavras: pertencimento e celebração. Para Rita, o crescimento do projeto, que nasceu dentro da emissora e hoje integra a grade do “Fantástico”, é um reflexo da força da comunidade negra em ocupar espaços de destaque e garantir que suas próprias vozes sejam protagonistas.
O projeto já passou com edições já realizadas em Brasília, Salvador, Rio de Janeiro e agora em São Paulo. “Estamos neste momento de congraçamento, de aquilombamento, de entender que as nossas narrativas podem sim ser contadas por nós mesmos, que podemos empunhar o nosso microfone e que podemos fazer as perguntas que nos são devidas. Que podemos fotografar, gravar, então que a gente tenha essa possibilidade de fazê-lo. Porque 400 anos a gente sabe nesse Brasil, que deixaram muitas sequelas, principalmente essas, de contarem as coisas a partir do ponto de vista que não era nosso”, afirmou Rita.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Festival Negritudes, da GloboFoto: Globo Festival Negritudes, da Globo, em SalvadorFoto: Globo Símbolo do SankofaReprodução: Portal Ciência Hoje das Crianças Nova temporada do “Sai Justa”, do GNT, irá ao ar em 30 de abril, sem Rita Batista e Tati MachadoCrédito: Thiago Rosarii Nova temporada do “Sai Justa”, do GNT, irá ao ar em 30 de abril, sem Rita Batista e Tati Machado Crédito: Thiago Rosarii
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Durante a entrevista, a jornalista também refletiu sobre o peso de ser considerada referência. Reconheceu a responsabilidade, mas lembrou que segue inspirada por nomes como Zezé Motta, Ruth de Souza e Elza Soares. Evocando o conceito africano de Sankofa, olhar para o passado para seguir adiante, Rita destacou a importância de reconhecer a ancestralidade como pilar de identidade e continuidade. “Esse negócio de ser referência é muito doido, né?! Porque hoje eu sou referência, mas eu pego a referência das outras! Eu tô do lado das minhas referências; você também é minha referência, Jana! É importante isso, quando a gente se apropria disso e quando fazemos nossos estilos também, quando a gente entende quem a gente é”, declarou.
Ao lado de Janaína, Rita reforçou ainda a relevância da autoestima e do autoconhecimento para a atuação profissional. “É importante que, quando você senta naquela cadeira, você saiba quem você é e o que vai falar. É isso que acho que nos foi esvaziado durante séculos e que a gente resgata a duras penas”, disse. A fala sintetizou o espírito do Festival Negritudes, que se firma como espaço de representatividade e fortalecimento das narrativas negras no audiovisual brasileiro.
O Festival Negritudes Globo é um encontro cultural gratuito que celebra raízes, identidades e narrativas da população negra brasileira, reunindo arte, música, debates, educação e representatividade. Organizado pela Globo em parceria com instituições e patrocínio de marcas, o evento viaja por várias capitais, incluindo Salvador, Rio, Brasília e São Paulo, para promover a visibilidade negra, dar voz a artistas, ativistas e comunicadores, e incentivar protagonismo em histórias que durante séculos foram contadas a partir de outras perspectivas.






