6 dezembro 2025

Ministro do Turismo pede demissão do cargo após pressão do União Brasil

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O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que pretende entregar o cargo nos próximos dias. A informação foi confirmada por fontes do portal LeoDias. A decisão foi tomada depois de o União Brasil impor um prazo de 24 horas para que todos os filiados deixassem postos na administração federal, sob risco de expulsão da legenda.

O encontro entre Sabino e Lula ocorreu nesta sexta-feira (19/9), no Palácio da Alvorada, poucas horas após o ultimato do partido. O ministro argumentou que ainda precisa cumprir agendas de fim de semana, como compromissos ligados ao turismo no Pará, e prometeu oficializar sua saída entre quarta e quinta-feira da próxima semana, após o retorno do presidente de Nova York, onde Lula discursará na Assembleia-Geral da ONU.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Ministro do Turismo no Brasil, Celso SabinoReprodução: Instagram/Celso Sabino Lula apresenta novo slogan do governo em reunião com ministrosReprodução: Agência Brasil Ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que entrou em contato com a OEI para republicação do edital da COP30 com pratos típicos da culinária paraenseReprodução: Instagram @celsosabinooficial/ Estúdio Gastronômico/Irene Almeida Diário do Pará/Divulgação Palácio do PlanaltoFoto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Davi Alcolumbre, Presidente do Senado FederalFoto: Senado Federal

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Embora seja o único filiado ao União Brasil no comando do ministério, Sabino já vinha sendo pressionado pela sigla há semanas. O movimento ganhou força após denúncias envolvendo o presidente do partido, Antonio Rueda, acusado de ligação com aeronaves supostamente utilizadas pelo PCC, informação negada por ele. Integrantes da legenda interpretaram o episódio como parte de um desgaste político com o Planalto, reforçando a ordem de desembarque.

Nos bastidores, Sabino chegou a procurar líderes do União Brasil e aliados no Congresso para tentar preservar sua permanência. A aposta era de que sua atuação seria estratégica na COP30, marcada para novembro em Belém, no Pará, onde está sua base eleitoral. O evento poderia fortalecer seu nome para disputar uma vaga no Senado em 2026.

A saída de Sabino simboliza mais um capítulo da crise entre o Planalto e partidos do centrão. Segundo interlocutores, Lula não tentou barrar a demissão, entendendo que a permanência ou não do ministro era uma questão interna do União Brasil. Para o presidente, a relação com o grupo já vinha sendo mantida sobretudo pelo senador Davi Alcolumbre (AP), e não mais pela direção partidária.

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