5 dezembro 2025

Estilo de vida previne o Alzheimer: especialista explica como evitar o tipo de demência

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e inexorável. Ou seja, afeta o cérebro que vai gradativamente se deteriorando. Neste domingo (21/9), é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional de Conscientização da Doença, instituído pela Lei nº 11.736/2008. A reportagem do portal LeoDias entrevistou a geriatra, Dra. Roberta França que explicou a doença, os sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção.

Segundo a especialista, Alzheimer é um dos tipos de demência mais comuns no mundo. A demência é um nome genérico para qualquer doença neurodegenerativa. Dentre essas doenças, a mais comum é a demência do tipo Alzheimer.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Estilo de vida como prevenção do Alzheimer: especialista explica como evitar o tipo de demênciaReprodução metodosupera.com.br Idosos praticando musculaçãoReprodução alpha360.com.br Estilo de vida como prevenção do Alzheimer: especialista explica como evitar o tipo de demênciaReprodução clinicaredemaissaude.com.br

Voltar
Próximo

Leia Também

Saúde
Anvisa libera medicamento que pode ajudar a atrasar o avanço do Alzheimer

Carla Bittencourt
“Dona de Mim” mostra que burnout também atinge universitários e enaltece o SUS

Carla Bittencourt
“Dona de Mim”: Rosa passa perna em Jaques, nomeia neto como curador e doa bens para Sofia

Vida e Estilo
“Falar sobre isso me libertou demais”, afirma Claudia Raia sobre menopausa

Sintomas
Os sintomas da demência começam normalmente a acontecer de forma leve e isso talvez seja a maior dificuldade da família, entender que ninguém dorme bem e acorda com demência. Essa demência é um processo de perdas cognitivas e funcionais lentas e graduais. É aquela dificuldade em executar tarefas simples do dia a dia que o paciente sempre fez, é a perda da memória recente.

“Dificuldade de organizar sua rotina, incapacidade de aprender novas habilidades, aprender novos conteúdos, reter informações que estão sendo dadas naquele momento. São pequenas perdas diárias que vão acontecendo e que vão alterando a rotina do paciente”, afirmou a médica.

Diagnóstico clínico
O diagnóstico da demência de Alzheimer ainda é clínico. O que significa isso? Para muito além de exames de imagem e de sangue, os marcadores que existem hoje é a história do paciente que vai efetivamente dar o entendimento da doença. Os métodos de imagem de hoje servem muito mais para descartar outras doenças do que propriamente para confirmar um quadro demencial.

“Vai ser justamente através dos testes cognitivos, da avaliação neuropsicológica e da história clínica desse paciente que nós vamos ter maior certeza de confirmação do quadro diagnóstico”, disse a profissional de saúde.

Tratamento
O tratamento do quadro demencial vai sempre ser um tratamento multidisciplinar. Não existe uma droga ou medicação que modifique a doença. Todos os remédios que existem são que vão minimizar os sintomas, mas que não impedem a progressão da doença.

“É fundamental que o paciente faça atividade física regularmente, que ele tenha fono, se necessário, se ele estiver começando a perder, ou tiver muita dificuldade para falar, ou tiver dificuldade para se alimentar. E a estimulação cognitiva, ela é mandatória. Aprender novas habilidades, fazer atividades como caça-palavras, jogos como o da memória, resta um, cilada”, pontuou.

São jogos que vão promover as habilidades cognitivas que esse paciente tende a perder. Quanto mais estimulado esse paciente for, o mais tempo ele vai levar para perder a sua capacidade de execução de tarefas. A estimulação é talvez o melhor e maior auxiliar no tratamento da doença.

“Temos medicações que vão minimizar os sintomas, que vão melhorar a questão das insônias, ou se o paciente tiver muitas alterações comportamentais, mas não temos drogas que vão modificar o caminho da doença”, declarou.

Alzheimer não tem cura, mas tratamento
Até a presente data, o Alzheimer não tem cura, assim como nenhuma doença neurodegenerativa, seja demência de Alzheimer, seja demência frontotemporal, a demência mista, a demência vascular, a demência de pique, a própria doença de Parkinson, nenhuma dessas doenças neurodegenerativas até a presente data possui tratamento que seja no sentido curativo, mas todas têm tratamento para minimizar os sintomas e dar para o paciente o máximo de qualidade de vida dentro do quadro dele.

Estilo de vida como prevenção
A prevenção das doenças neurodegenerativas e principalmente quando é a demência de Alzheimer, tem muito a ver com as escolhas do estilo de vida. É preciso entender que o envelhecimento é um processo que precisa ser cuidado e que se precisa fazer escolhas conscientes para que esse envelhecimento seja o mais saudável possível, venha com autonomia, possibilidade e qualidade de vida que é o mais importante.

“Atividade física regular não é uma coisa que a gente possa driblar. A atividade física é uma necessidade fisiológica e a gente não tem como viver sem ela. Alimentação saudável, optando pelos legumes, verduras, uma dieta mais mediterrânea, com menos embutidos, enlatados, alimentos ultraprocessados que a gente sabe hoje que promovem grandes danos, não só intestinais como cérebro vasculares também”, explicou.

Cuidar das doenças comuns, como hipertensão, diabete, elas têm que estar extremamente bem controladas. Cuidar do sono. A higiene do sono é fundamental, porque é no sono que é organizada a memória, que se descansa o corpo físico e também o mental e ter um tempo para o seu lazer, para o seu prazer e principalmente as conexões espirituais que independem da religião.

“Você tirar um momento para fazer uma meditação, para se haver um pouco sozinho consigo mesmo, internalizar os seus sentimentos, compreender como você está se sentindo, são movimentos necessários para que a gente também acalme a nossa mente e a gente consiga ter uma vida mais organizada emocional e fisicamente também”, finalizou a Dra..

- Publicidade -

Veja Mais