A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira (22/9) o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro Paulo Renato Figueiredo por coação. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que os “denunciados empenharam-se, de forma reiterada, em submeter os interesses da República e de toda a coletividade aos seus próprios desígnios pessoais e familiares”.
A denúncia foi apresentada no âmbito do inquérito em que também o ex-presidente foi indicado pela Polícia Federal.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Internet Reprodução Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP)Foto: Câmara dos Deputados Eduardo BolsonaroReprodução: Instagram @bolsonarosp
Voltar
Próximo
Leia Também
Política
“Brasil não é mais uma democracia”, diz Eduardo Bolsonaro após prisão do pai
Política
“Irei às últimas consequências”, diz Eduardo Bolsonaro sobre Alexandre de Moraes
Política
“Vai tomar no c*, seu ingrato do caralh*!”, dispara Eduardo Bolsonaro em conversa com o pai
Política
“Subserviência servil às elites”, diz Eduardo Bolsonaro sobre Tarcísio
“As condutas criminosas se sucederam, estruturadas pela ameaça de obtenção de sanções estrangeiras tanto para os Ministros do Supremo Tribunal Federal como para o próprio país. O propósito foi o de livrar Jair Bolsonaro, e também o próprio Paulo Figueiredo, da condenação penal pelos crimes que ensejaram a abertura de procedimentos criminais relativamente aos fatos narrados na AP 2.668”, diz Gonet na denúncia.
“Ameaçavam as autoridades judiciárias e de outros Poderes com a promessa de que conseguiriam de autoridades norte-americanas sanções dispostas para dificultar e arruinar suas vidas civis, mesmo no Brasil, se o processo criminal não tivesse o fim que desejavam ou se a anistia – extensiva necessária e prioritariamente a Jair Bolsonaro – não fosse pautada e conseguida no Congresso Nacional”, diz a denúncia da PGR.
Se a denúncia for aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo e Paulo vão responder pelo crime de coação, previsto no artigo 344 do Código Penal. A pena prevista é de 1 a 4 anos de reclusão e multa.
Em uma nota publicada por ambos, os denunciados apontam que trata-se de uma denúncia “fajuta dos lacaios”:
“Esqueçam acordos obscuros ou intimidações que usaram por anos, porque não funcionam conosco — isto vale para mais esta denúncia fajuta dos lacaios do Alexandre na PGR. O recado dado hoje é claro: o único caminho sustentável para o Brasil é uma anistia ampla, geral e irrestrita, que ponha fim ao impasse político e permita a restauração da normalidade democrática e institucional”, disseram.






