
Alunos do curso de Medicina da Universidade Amazônia de Pando, em Cobija, na Bolívia, denunciaram ao Portal 3 de Julho Notícias que estão sendo submetidos a revistas consideradas abusivas antes de entrar nas salas de aula. Segundo os relatos, o procedimento é feito com detector de metais, mas de forma excessiva e constrangedora.
De acordo com estudantes, eles são obrigados a abrir as pernas e permanecer em posições específicas enquanto o equipamento é passado repetidas vezes pelo corpo. A situação tem gerado revolta e sensação de humilhação entre os universitários.
O ponto mais grave envolve as alunas. Elas afirmam que, em várias ocasiões, o detector de metais é passado de maneira insistente na região dos seios e da barriga, ultrapassando qualquer limite de segurança e tornando-se invasivo. Além disso, a revista estaria sendo feita por homens, o que aumenta ainda mais o desconforto e o sentimento de exposição.
Uma das estudantes contou que já procurou a coordenação da universidade para denunciar o caso, mas afirma que nenhuma medida efetiva foi tomada até agora. Para ela, a falta de ação da direção evidencia descaso. “A gente denuncia, reclama, e nada muda. Parece que não levam a sério o que estamos passando”, desabafou.
Outra aluna relatou que o uso do detector acabou sendo usado como justificativa para abordagens inadequadas. “Agora não tem mais desculpa para ficar tocando nos alunos. O tal do detector. Que loucura”, disse.
As denúncias levantam preocupações sobre os limites legais e éticos da revista pessoal dentro de instituições de ensino, além de questionar a responsabilidade da universidade em garantir um ambiente seguro e respeitoso para seus estudantes.
O Portal 3 de Julho Notícias buscou posicionamento da direção da Universidade Amazônia de Pando e da coordenação do curso de Medicina, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.






