Uma sessão extraordinária realizada na manhã desta terça-feira, na Câmara Municipal de Sena Madureira, terminou em um clima de forte tensão e troca de ofensas entre vereadores, servidores e representantes de categorias profissionais. A reunião tinha como objetivo discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA), com a presença de secretários municipais e técnicos responsáveis pelos projetos.
Durante a explicação técnica feita pela equipe da gestão, incluindo contadores e representantes da Secretaria de Administração, um grupo de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) compareceu ao plenário, mesmo sem a participação da categoria estar prevista na pauta da reunião. Os agentes reivindicavam esclarecimentos sobre a existência de uma lei que trata do pagamento de um auxílio à categoria.
O clima ficou mais tenso a partir do momento em que houve um debate entre os ACS e membros da equipe da administração. A secretária de Administração, Suelen, manteve postura tranquila, ouvindo as manifestações e tentando conduzir o diálogo de forma serena.
Em meio à situação, o vereador Maycon Moreira solicitou a palavra. No entanto, o vereador Tom, que presidia a sessão de forma extraordinária, informou que concluiria sua fala antes de conceder espaço ao parlamentar. Maycon alegou ter pedido a palavra anteriormente e demonstrou insatisfação com a condução dos trabalhos.
Ao perceber que o presidente da sessão caminhava para encerrar aquele momento com os ACS, Maycon levantou-se e iniciou uma discussão direta com Tom, e teria supostamente proferido ofensas em voz alta diante de vereadores, secretários, técnicos e do público presente.
A situação se agravou quando outros parlamentares intervieram. O vereador Real levantou-se para defender a autoridade do presidente da sessão, afirmando que não aceitaria desrespeito à presidência da Casa. Em resposta, Maycon também direcionou ofensas ao colega. Na sequência, vereadores como Obede, Helissandra e Francisco Maia se envolveram na discussão, que se transformou em um bate-boca generalizado no plenário, com troca de acusações e xingamentos.
Apesar do clima extremamente exaltado, não houve agressão física. A sessão ficou marcada por um ambiente de descontrole e tensão, destoando completamente do objetivo inicial, que era exclusivamente técnico e voltado à discussão orçamentária do município.
O episódio gerou repercussão imediata nos bastidores da política local e reacendeu o debate sobre a postura dos parlamentares durante sessões oficiais, especialmente em momentos que exigem equilíbrio, diálogo e respeito institucional.







