25 dezembro 2025

Toffoli nega pedido da PGR e mantém acareação no caso do Banco Master

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a suspensão da audiência de acareação envolvendo investigados no caso do Banco Master. O pedido, no entanto, foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que manteve a oitiva marcada para a próxima terça-feira (30).

Na quarta-feira (24), Toffoli determinou a realização da acareação entre o sócio do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino. A audiência será realizada por videoconferência.

A medida integra o conjunto de ações da investigação que apura um esquema de fraudes financeiras que pode ter movimentado cerca de R$ 17 bilhões, por meio da emissão de títulos de crédito supostamente falsos.

Os envolvidos são investigados pela Polícia Federal desde 2024, no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada em 18 de novembro de 2025. Na ocasião, Daniel Vorcaro foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, um dia após a Fictor Holding Financeira anunciar a intenção de adquirir o Banco Master, que havia sido liquidado extrajudicialmente.

Também foram presos outros sócios de Vorcaro — Augusto Ferreira Lima, Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva. Posteriormente, todos obtiveram autorização da Justiça Federal para responder ao processo em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica. Eles estão proibidos de atuar no setor financeiro, manter contato entre si e deixar o país.

Dias Toffoli é o relator do caso no STF, que tramita sob sigilo. A investigação passou a ser conduzida pela Suprema Corte após o ministro acolher pedido da defesa de Vorcaro, sob a justificativa de que há menção a um deputado federal no processo, o que atrai a competência do STF em razão do foro por prerrogativa de função.

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