Se até para as pessoas que recebem mensalmente um salário razoável está difícil colocar diariamente a carne bovina na mesa, é seguro afirmar que para as famílias desempregadas ou de baixa renda, isso está se tornando quase impossível.
Em Sena Madureira, o quilo do produto, que nem chega a ser de primeira qualidade, como é o caso do “patim”, já ultrapassa a casa dos R$ 40,00. Ao assistir o valor do alimento saltar de forma desenfreada, e sem ter à quem recorrer, alguns moradores já estão classificando- o de “ouro vermelho”.
Além das dificuldades enfrentadas para comprar a carne bovina, o sofrimento da população carente se multiplica no momento de trocar o botijão de gás, pagar a tarifa de energia elétrica, comprar uma medicação, e daí por diante.
“Na minha casa somos uma família de 08 pessoas, estamos todos desempregados, alguns de nós vivemos trabalhando como diaristas, mas com essa pandemia fomos dispensados e não sabemos o que fazer para conseguirmos pelo menos o alimento para o nosso sustento, pois o preço de tudo está um absurdo, só Deus para se compadecer dos pobres”, disse o desempregado João Celestino de Souza, morador do bairro Eugênio Areal.
O cerco vem se fechando para a população de todos os lados, o combustível, por exemplo, é outro produto que vem sofrendo aumentos constantes, esse é mais um detalhe que tem tirado o sossego e, consequentemente, causado muito aborrecimento entre as pessoas.
Com o preço da gasolina em alta, moradores tanto da zona urbana como da zona rural, principalmente os que possuem automóveis estão indignados diante de uma realidade que, pelos sinais vistos, a tendência é ficar ainda pior.