Kathy Hochul, governadora de Nova York, nos Estados Unidos, sancionou nesta sexta-feira (26/12) uma lei que exige que as plataformas de mídia social com rolagem infinita, reprodução automática e feeds algorítmicos exibam avisos sobre os possíveis danos aos usuários jovens. Segundo o governo, tais redes sociais exercem práticas predatórias que prejudicam a saúde mental.
O aviso será dado quando essas mídias forem acessadas pela primeira vez e depois periodicamente, com base no uso contínuo. Os usuários não poderão ignorar ou pular os avisos.
“Manter os nova-iorquinos seguros tem sido minha principal prioridade desde que assumi o cargo, e isso inclui proteger nossas crianças dos potenciais danos dos recursos das redes sociais que incentivam o uso excessivo”, disse a governadora.
Ela expôs, ainda, que, com a quantidade de informações que podem ser compartilhadas on-line, é necessário que a saúde mental seja priorizada, de forma que haja transparência quanto aos riscos potenciais.
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Justificativa
Hochul comparou os avisos nas redes sociais às advertências já consideradas normais, como nos cigarros, que alertam para o risco de câncer, ou em filmes, que comunicam o risco de luzes piscantes para usuários com epilepsia fotossensível.
Como justificativa, a governadora citou estudos recentes do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, que apontaram que adolescentes que passam mais de três horas por dia nas redes sociais têm o dobro do risco de desenvolver ansiedade e depressão. Além disso, cerca de metade dos adolescentes entrevistados afirmaram que as redes sociais os fazem sentir pior em relação aos seus corpos.
Caso as plataformas não respeitem a legislação, o procurador-geral do estado poderá tomar medidas legais e buscar sanções civis de até US$ 5 mil por violação, segundo informou a Al Jazeera. Califórnia e Minnesota também já têm leis semelhantes a de Nova York para jovens usuários das redes sociais.






