A decisão foi da justiça de São Paulo
Viviany Beleboni foi atacada verbalmente pelo deputado Marco Feliciano (PSC) quando apareceu crucificada na 19ª parada do Orgulho para alertar a sociedade sobre o número de vítimas da homofobia e transfobia.
Feliciano fez um pronunciamento na Câmara dos Deputados e concedeu várias entrevistas condenando a atitude da atriz e modelo transexual. Segundo a denúncia de Viviany, Feliciano fixou fotos dela na porta do gabinete dele e incitou a população contra ela através das redes sociais.
Viviany recebeu diversas ameaças de morte por parte dos seguidores do pastor. Por medo de ser agredida, deixou de sair de casa e de aceitar propostas de trabalho.
O juiz Douglas Iecco, considerou que o parlamentar extrapolou os limites da liberdade de manifestação de pensamento e reforçou estereótipos fomentando a intolerância e a discriminação sob apelo moral e religioso.
A modelo também entrou com um pedido de medida cautelar para que Marco Feliciano não se aproxime dela a uma distância inferior a 600 metros.
Marco Feliciano é um pastor da Catedral do Avivamento, uma igreja neopentecostal ligada à Assembleia de Deus. Formado em teologia pela faculdade de Boa Vista. Tambem se intitula escritor e cantor gospel.
Segundo o site Uol, a promotora Anna Trota Yaryd disse que o pastor Marco Feliciano utiliza o seu mandato na Câmara dos Deputados para propagar sua religião e estimular a violência contra a comunidade LGBT. Ela cita que o deputado, a pretexto de defender a proibição da Parada Gay, exibiu em 2015, no plenário da Câmara, cartazes com fotos “fakes”, que não tinham relação alguma como o evento, entre as quais a de pessoas quebrando a imagem de uma santa no chão, e outras mais chocantes.