28 novembro 2024

Planalto pretende gastar R$ 1,6 milhão com comida em voos de Bolsonaro

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Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República pretende gastar até R$ 1,6 milhão com quitutes a serem servidos para Jair Bolsonaro e seu staff em viagens pelo Brasil e voos internacionais.

A licitação para “contratação de serviços de comissaria aérea às aeronaves que atendem à Presidência da República” será realizada na segunda-feira da semana que vem.

Chama a atenção o volume e a cotação de alguns itens, principalmente quando se considera que o presidente da República tem buscado passar a imagem de homem simples em ano eleitoral.

No edital, está prevista a aquisição de 600 refeições específicas para o presidente da República, cada uma cotada a R$ 172,82 – só com almoço ou janta de Jair Bolsonaro serão gastos R$ 103 mil; o certame ainda reservou 20 refeições especiais ao chefe do Poder Executivo, cada uma custando exatos R$ 245,70.

Outra discricionariedade da licitação é o valor do café da manhã destinado ao presidente da República. O edital prevê a compra de 500 refeições a Jair Bolsonaro, cada “café da manhã” foi cotado a R$ 141,07.

Apenas como comparativo, um “café colonial” – aquele em que a pessoa pode comer o quanto quiser e com os mais diversos itens – custa hoje em torno de R$ 80.

O lanche de Jair Bolsonaro, pelo edital, pode sair a até R$ 66,10 – foram orçados 200.

Ainda pelo edital, a capsula de café expresso foi cotada a R$ 5,35 – no varejo, ela sai por metade desse preço. Uma caixa de isopor de 20 litros foi orçada pelo GSI por R$ 41,76; no mercado comum, ela custa em torno de R$ 25.

A licitação para os serviços de comissaria prevê ainda a aquisição de 1,5 mil latas de refrigerante de 310 ml; 1,1 mil garrafas de 2 litros de refrigerantes e 1,5 mil caixas de goma de mascar – cada uma com 2 unidades.

“Tal contratação faz-se necessária devido à dinamicidade das viagens oficiais com a utilização de diversos meios de transporte, inclusive o aéreo, tornando necessário o fornecimento de refeições a bordo devido ao tempo de envolvimento das equipes nas missões e carência de empresas”, justifica o GSI na licitação

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