Na manhã desta terça-feira (16), na zona rural de Sena Madureira, interior do Acre, o suspeito de abandonar um bebê de apenas 6 meses em um terreno baldio ao lado de uma caixa de lixo foi preso. O homem, de 26 anos, afirmou em depoimento que deixou a criança no local porque a mãe demorou a voltar e ele acreditava que alguém iria ouvir o choro do bebê. O menino foi encontrado por um morador na madrugada do dia 24 de abril, na rua Manoel Gonçalves, bairro Jorge Alves Júnior. O bebê estava vestindo apenas uma fralda, uma bermuda e tinha uma coberta ao seu lado.
Inicialmente, a mãe da criança, uma adolescente de 17 anos, foi apreendida depois que o Conselho Tutelar da cidade lançou uma campanha para ajudar a encontrá-la. Ela relatou à delegacia que tinha conhecido um homem e foi passar a noite na casa dele. Durante a madrugada, ele pegou a criança e a levou ao local onde foi encontrada.
A versão da adolescente foi confirmada por imagens de câmeras de segurança, que não foram divulgadas, mostrando o momento em que o homem abandona o bebê no terreno baldio.
Segundo informações, o homem disse à adolescente que o pai da criança tinha ido buscá-la, e foi somente quando ela chegou em casa que descobriu que o filho não estava lá. Foi então que uma cunhada da adolescente ligou para a polícia.
O delegado Saulo Macedo explicou: “A representação foi feita na época, um mandado de prisão foi expedido e nós realizamos diligências para capturá-lo. Ele foi encontrado em uma colônia rural, onde mora sua mãe. Ele tentou justificar que estava vivendo com a mãe [da criança], ela demorou a voltar, ele não sabia o que fazer e então deixou o bebê em uma casa onde alguém poderia ouvir o choro da criança. No entanto, deixar uma criança em uma lixeira não se justifica, não há palavras para isso.”
O homem enfrentará acusações de tentativa de homicídio. Ele será indiciado e o caso será encaminhado ao Judiciário.
Após ser encontrado, o bebê passou por exames médicos e foi levado para uma casa de acolhimento na cidade, aguardando a decisão da Justiça sobre qual parente ficaria com a guarda da criança. Em uma audiência realizada no dia 4 de maio, a Justiça determinou que a avó materna ficasse com a guarda do bebê, enquanto a mãe iniciaria o tratamento contra drogas.