Costureira desde 2008, a acreana Laíres Rocha, de 60 anos, foi premiada na 15ª edição do Concurso Artesão do Ano, promovido pelo artista plástico e apresentador Marcelo Darghan, com confecções de tapetes de retalhos. Laíres ganhou o título de artesã do ano na categoria Frufru.
A premiação ocorreu em São Paulo no último dia 22. A costureira contou com apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo (Sete), para ir para a capital paulista buscar o prêmio.
“Eu queria que a categoria Fru Fru fosse reconhecida, nunca tinha entrado na categoria. Queria sentir o gosto de participar de uma premiação, ano passado vi pelo YouTube e pensei: será que consigo?”, recordou.
Laíres faz tapetes de retalhos desde 2008. De lá para cá, ela já aprendeu a fazer bolsas, mochilas e chapéus durante um curso de costura. Durante a pandemia, também se especializou em fazer doces para aumentar a renda.
“Aproveito sobras de retalhos, aquilo que seria descartado. Claro que, às vezes, pego os pedaços grandes também, mas procuro aproveitar os retalhos. Sou costureira de profissão, sou aluna de uma das maiores escolas do Brasil, que é a Escolar de Costurar.
Essa foi a segunda vez que Laíres participou do evento. A primeira vez foi em 2022 quando assistiu a premiação e sentiu crescer no coração o desejo de concorrer ao troféu. Ela se inscreveu e, para ficar entre os finalistas da edição deste ano, teve que pedir muito voto para os amigos e conhecidos.
“Tinha que ter cinco pessoas da mesma categoria para ser reconhecida e ser bem votada. Não diziam a quantidade votos e fui pedindo. Eram duas fases. Fez a live dizendo quem era finalistas e meu nome estavam entre eles. Fui atrás das pessoas para a categoria ser reconhecida, ninguém queria se inscrever, mas consegui. Entre em um grupo dos influencer, fazia parceria, pedia votos em troca de votos”, relembrou.
Os tapete de Laíres custam entre R$ 20 a R$ 50, dependendo muito do modelo e tamanho. “Não dá nem para descrever a sensação. É um misto de nervoso, alegria, emoção. Quando meu nome foi chamado, foi uma emoção muito grande, a vontade era só de chorar de alegria”, contou.
Para ela, o artesanato salva vidas e ajuda como terapia. “Quando estou na máquina produzindo esqueço de tudo”, concluiu.
Por: G1 – Acre.