Os bancos brasileiros só poderão oferecer crédito a frigoríficos que comprovarem não comprar gado criado em áreas de desmatamento ilegal na Amazônia Legal e no Maranhão. A decisão integra as novas normas aprovadas pelo Conselho de Autorregulação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e faz parte de uma série de ações das chamadas finanças sustentáveis.
O bioma Amazônia é que o que apresenta a maior área desmatada (cerca de 60% do total em 2021). Em 2022, 12,5mil quilômetros quadrados foram desmatados na região, segundo os dados do Prodes/Inpe.
Em abril passado, o Parlamento Europeu aprovou o veto à importação de produtos de áreas desmatadas ilegalmente a partir de 31 de dezembro de 2020. incluindo produtos como carne, soja, madeira, óleos de palma e soja, borracha e produtos derivados como couro, móveis e chocolate. Os 27 países do bloco europeu terão de cobrar certificados de origem dos produtos.
Segundo a norma da Febraban, os frigoríficos e matadouros terão que cumprir um protocolo com requisitos mínimos para evitar o desmatamento ilegal.
Os bancos participantes dessa autorregulação terão que solicitar a seus clientes a implementação de um sistema de rastreabilidade e monitoramento, até dezembro de 2025, que permita demonstrar que o gado comprado de fornecedores, diretos e indiretos, não é proveniente de áreas desmatadas ilegalmente.
Via O Globo