A Prefeitura de Rio Branco exonerou do cargo de gerente do Departamento de Apoio à Produção da Secretaria Municipal de Agropecuária (Seagro), Francisco Laerte Soares, nesta sexta-feira (14). Ele é acusado de importunação sexual e foi denunciado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) pelo crime à Justiça.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Acre (DOE). Na última terça-feira (11), a vereadora Elzinha Mendonça (PSB) pediu o afastamento de Laerte, como é popularmente conhecido o servidor.
Ao usar a tribuna da Câmara de Vereadores, a vereadora destacou os recorrentes casos de servidores da municipalidade investigados por crimes sexuais. Em entrevista à Rede Amazônica Acre, ela disse que tomou conhecido da situação pelos meios de comunicação da capital acreana e decidiu tomar providências enquanto parlamentar.
“Primeiro veio o caso Frank Lima, que teve uma repercussão grande na gestão, secretário de Saúde foi condenado. Recentemente, senhor presidente, tivemos aqui o desrespeito e desprazer de ir ao Ministério Público levar aquela situação grave de outro assessor diretor do Bocalom, Helder Paiva, e agora outro assessor. É um assessor importante dentro do staff do prefeito”, criticou.
Conforme o processo que a reportagem teve acesso, Laerte, como é popularmente conhecido, foi denunciado em 2019 quando, ‘em conduta livre e consciente, praticou contra a vítima, e sem a sua anuência, ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia’. Na época, ele não fazia parte da equipe do atual prefeito.
Em novembro do ano passado, o Ministério Público Estadual (MP-AC) ofereceu denúncia à Justiça contra o servidor municipal. A juíza de Direito Louise Kristina Lopes de Oliveira Santana, da 2ª Vara Criminal, aceitou a denúncia e o acusado virou réu.
A Justiça também marcou para 7 de agosto a audiência de instrução e julgamento do caso. Após o pedido de afastamento e denúncia na tribuna, a assessoria de comunicação da prefeitura informou que Francisco Laerte Soares é servidor público do Estado emprestado à prefeitura. Destacou ainda que o prefeito Tião Bocalom não compactua com a prática criminosa.
O ex-servidor da prefeitura disse que vai se manifestar sobre as acusações apenas em juízo.
Por G1AC.
