27 novembro 2024

Pesquisa sobre Prevalência do HPV em Rio Branco busca Mudar Políticas Públicas de Vacinação

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Equipes de saúde de Rio Branco fazem coleta de DNA para pesquisa do Ministério da Saúde — Foto: Arquivo pessoal

A Saúde de Rio Branco está engajada em uma importante pesquisa conduzida pelo Ministério da Saúde, que visa avaliar a prevalência do HPV na população entre 16 e 25 anos, abrangendo tanto homens quanto mulheres. O objetivo dessa pesquisa é embasar mudanças nas políticas públicas de vacinação relacionadas ao HPV, visando a prevenção e o combate a essa infecção.

Para realizar o estudo, três Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital acreana estão empenhadas em coletar 440 amostras de DNA para serem enviadas a um laboratório no Rio Grande do Sul (RS). O resultado da pesquisa será divulgado após dois meses, acessível ao público através da internet.

Essa iniciativa é fruto de uma parceria entre o governo federal, o Hospital Moinhos de Vento (RS) e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, demonstrando a importância e o alcance dessa pesquisa.

As equipes de saúde responsáveis pela coleta das amostras buscam alcançar esse público-alvo disponibilizando o teste em instituições e órgãos públicos. Entre os dias 24 e 28 deste mês, uma equipe estará presente no Setor Médico da Universidade Federal do Acre (Ufac), oferecendo a coleta de forma gratuita.

Antes de realizar a coleta do DNA, os participantes respondem a um questionário social e assinam um Termo de Consentimento Livre (TCL). A enfermeira da UBS, Maria Aurea Vileva Narjara Campos, esclarece que o procedimento de coleta é semelhante ao exame de papanicolau para as mulheres, enquanto os homens realizam sua própria coleta com um cotonete na região do pênis. Além disso, são feitos testes rápidos para detecção de HIV, Hepatite B, Hepatite C e sífilis.

O material genético coletado é congelado e enviado para o laboratório no Rio Grande do Sul, onde a pesquisa é realizada. É importante ressaltar que esse exame de DNA do HPV é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2014, sendo considerado um padrão-ouro para a detecção do vírus. Entretanto, é um procedimento que pode ser caro quando realizado na rede particular, e o SUS não cobre esse exame.

A participação no estudo exige que a pessoa tenha tido pelo menos uma relação sexual. No caso das mulheres, as participantes não podem ter tido aborto nos últimos três anos, nem filhos ou histórico de câncer uterino.

As equipes de saúde estarão acompanhando e monitorando as pessoas participantes da pesquisa. É fundamental conscientizar a população sobre a importância dessa pesquisa, pois a detecção precoce do HPV pode ajudar a prevenir doenças mais graves no futuro. Além disso, a realização gratuita desse exame é uma oportunidade valiosa para a população local, visto que, na rede particular, o custo é alto.

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