11 outubro 2024

Acreanos acusados em chacina de família boliviana vão a júri popular na próxima semana

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O Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco anunciou que os acusados na chacina de uma família boliviana, ocorrida em setembro de 2020, vão a júri popular na próxima segunda-feira (7).

O crime ocorreu entre os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. Seis brasileiros são suspeitos de envolvimento no crime. Uma mulher boliviana e os dois filhos foram mortos a tiros depois que a filha de 14 anos foi estuprada por um acreano.

O júri precisará analisar se os acusados cometeram crime de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores.

Em relação ao crime de estupro de vulnerável, não haverá julgamento, já que um dos acusados, autor do crime, foi assassinado em abril do ano passado. Gilvani Nascimento da Silva, de 19 anos, é apontado como pivô que motivou a chacina. Ele foi assassinado em Rio Branco.

É previsto que 21 pessoas sejam ouvidas pelo Ministério Público. Os acusados que irão a julgamento são: Gean Carlos Alves da Silva, José Francisco Mendes de Sousa, Geane Nascimento da Silva, Gean Carlos Nascimento da Silva, Gilvan Nascimento da Silva e Luciano Silva de Oliveira. Todos da mesma família.

Relembre o caso

Segundo as informações reunidas ao longo do processo, um pai de família boliviano teria contratado alguns homens do estado do Acre para lhe ajudarem com seu trabalho. Nesse período, um deles acabou descobrindo que a família tinha guardado cerca de R$20 mil bolivianos.

Este mesmo homem, teria ameaçado e estuprado uma das filhas do casal, de apenas 14 anos de idade. Ao descobrir, o pai da menina o prendeu amarrado em um tronco de árvore e veio até o lado brasileiro para chamar a polícia.

Uma outra pessoa que estava no local, também acreano, aproveitou a ausência dele para ir em casa e chamar membros da família para soltar o suspeito de estupro. Ao chegarem na residência, eles também exigiram os R$20 mil.

A mãe da menina se recusou a entregar o dinheiro, então, os homens atiraram nela, e em seus três filhos. A menina de 14 anos foi a única que sobreviveu pois se fingiu de morta durante a ação. Após o crime, ainda atearam fogo na casa e arrastaram os corpos para perto de uma árvore.

O pai da adolescente não foi morto porque estava em solo brasileiro à procura da polícia.

Por: Contilnet.

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