O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) está se posicionando de forma contrária à decisão da Justiça que concedeu liberdade provisória ao policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto. Ele é acusado de envolvimento no incidente ocorrido no último domingo, 6 de agosto, durante o encerramento da Expoacre, no Parque de Exposições Wildy Viana, onde disparos resultaram em ferimentos em duas pessoas.
Segundo as investigações, os tiros foram disparados por volta das 3h30 da madrugada, atingindo uma mulher na perna direita, próximo à região da cintura, e um homem com dois ferimentos no lado direito do tórax. Ambas as vítimas receberam atendimento médico, mas infelizmente o homem não resistiu aos ferimentos e veio a falecer dois dias após o incidente.
Logo após os disparos, policiais militares que estavam presentes no Parque de Exposições responderam à ocorrência e encontraram as duas vítimas feridas. O policial penal foi detido em flagrante, tendo sua arma apreendida.
Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, terça-feira, 7 de agosto, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. No entanto, a decisão do Poder Judiciário surpreendeu ao conceder a liberdade provisória ao acusado.
Diante das evidências sólidas que apontam para a autoria do crime e considerando a necessidade de manter a ordem pública, o MPAC está preparando um recurso contra a decisão judicial. O prazo para a apresentação do recurso é de até cinco dias.
O Ministério Público ressalta a importância de garantir que o caso seja devidamente avaliado à luz das evidências e da necessidade de assegurar a justiça e a segurança da comunidade.