25 novembro 2024

Caso Arthur Gael: pais ainda aguardam decisão da Justiça sobre recuperação da guarda do filho

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A família do pequeno Arthur Gael continua a espera de um resultado para saber se vai recuperar ou não a guarda da criança, que segue no Educandário Santa Margarida, em Rio Branco, desde o dia 17 de agosto por determinação da Justiça.

Os pais, familiares e equipe médica que atendeu o menino foram ouvidos na segunda-feira (4) em audiência na Vara da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), que durou cerca de 10 horas. Após isso, a juíza iria analisar o processo e tomar uma decisão em 48 horas.

No entanto, segundo o TJ-AC, o Ministério Público do Acre (MP-AC) pediu vista e, por conta do feriado prolongado, a nova previsão é de que a decisão saia até esta terça-feira (12).

g1 não conseguiu contato com a mãe do bebê, Gilmara Furuno, nesta segunda (11). À Rede Amazônica, a defesa da família informou que, por orientação do próprio Poder Judiciário, os pais devem se afastar da imprensa e das redes sociais.

Nesse domingo (10), Arthur Gael completou dois meses de vida. Mesmo longe do filho, os pais da criança fizeram uma comemoração simbólica de ‘mesversário’ e postaram uma foto nas redes sociais.

Denúncia

O casal foi denunciado por abandono e maus-tratos pelo Hospital Santa Juliana, em Rio Branco. A criança estava internada na unidade de saúde com baixo peso e foi levada para o Educandário Santa Margarida no último dia 17 por determinação da Justiça.

Na época, o TJ-AC disse que a decisão foi baseada nos laudos e informações médicas apresentadas pelo hospital e o Conselho Tutelar, que apontavam situação de risco em decorrência de suposto abandono, estando em quadro de desnutrição e desidratação extremo.

A denúncia foi assinada pelo diretor administrativo do Hospital Santa Juliana, que não se pronuncia sobre a situação. Os pais da criança iniciaram uma campanha nas redes sociais para recuperar a guarda do bebê.

Precipitação de avaliação

Em entrevista à Rede Amazônica Acre na sexta-feira (2), o advogado que defende a família, Andersson Bomfim, explicou que a tese de defesa é de que houve precipitação de avaliação do serviço social do hospital.

“O Judiciário não está agindo de maneira letárgica ou omissiva. Tudo demanda tempo, ocorre que, por conta de precipitação lá no [hospital] Santa Juliana, na equipe, culminou com o que está acontecendo agora. Com as ferramentas que chegaram para o Judiciário, realmente, não tinha como fazer diferente’, argumentou.

Por: G1 – Acre.

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