A cidade de Rio Branco foi tomada por uma profunda tristeza e luto, abalando familiares e amigos após a morte trágica de Fernando Moraes Roca Júnior, um jovem de apenas 25 anos. Na última quinta-feira (5), Fernando teve sua vida interrompida de forma brutal ao ser degolado por uma linha com cerol enquanto dirigia pelas ruas da capital acreana. O enterro comovente ocorreu na manhã deste sábado (7) no Cemitério Morada da Paz, com homenagens emocionantes que refletiram o amor do jovem pelo time do coração, o Palmeiras.
Durante o velório, a presença marcante da bandeira do Palmeiras no caixão e a vestimenta dos familiares com a camisa do time evidenciaram a paixão que Fernando tinha pelo esporte. Balões brancos foram soltos e palavras de carinho ecoaram, relembrando o jeito gentil e atencioso que o jovem possuía, deixando um vazio imenso na vida de todos que o conheciam.
Fernando, filho do proprietário de uma distribuidora na capital acreana, teve sua vida ceifada de forma abrupta enquanto conduzia sua motocicleta na Rua São Mateus, no bairro Nova Esperança, atingido na veia jugular pelo cerol. O pai, visivelmente emocionado, expressou sua tristeza e revolta, clamando por medidas urgentes das autoridades para fiscalizar a venda desse material perigoso, a fim de evitar futuras tragédias.
O advogado e amigo da família, Tibiriça Bernardes, destacou a responsabilidade e o apreço que Fernando tinha em sua vida profissional, ressaltando a necessidade crucial de fiscalização e regulação sobre a comercialização e uso de linhas com cerol, um alerta para toda a sociedade e autoridades legislativas.
A morte de Fernando trouxe à tona uma triste realidade que aflige não apenas sua família, mas toda a comunidade: o perigo representado pelo cerol. Em resposta a essa terrível tragédia, o Ministério Público do Acre lançou a campanha “Cerol: se machuca, se mata, não é brincadeira”, exortando medidas preventivas e repressivas às autoridades locais. O chefe do Gabinete Militar, coronel Ezequiel Bino, anunciou a discussão iminente de ações de fiscalização para coibir essa prática perigosa.
É importante ressaltar que, em 2020, foi sancionada em Rio Branco a Lei nº 2.359, que proíbe a venda de cerol e linha chilena, impondo multa e apreensão de material aos infratores. Contudo, fica claro que é fundamental intensificar essas ações, visando coibir efetivamente a utilização desse material nocivo e preservar vidas.
A morte de Fernando Moraes Roca Júnior é um triste lembrete das consequências devastadoras que podem advir de atividades aparentemente inofensivas. Urge a necessidade de um esforço coletivo para conscientizar e prevenir acidentes tão trágicos como esse, garantindo a segurança e o bem-estar de todos.