As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam ter matado chefe da inteligência do Hamas, que seria um dos organizadores dos ataques de 7 de outubro, em meio a escalada dos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza.
O comandante Billal al-Qedra foi morto durante um bombardeio em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, no domingo, 15. Qedra teria liderado os ataques a kibusts localizados próximos a fronteira com Gaza. “Ele foi responsável pelo ataque assassino nos Kibutz Nirim e Nir Oz”, afirmou comandante da IDF
Em Khan Younis também está o grupo de brasileiros que aguarda o repatriamento ao Brasil. O local fica a apenas 2 km de Rafah, onde fica a fronteira de Gaza com o Egito. Desde a ordem de evacuação emitida por Israel para que os palestinos deixassem o norte de Gaza rumo ao sul, Khan Younis viu a sua população dobrar.
Os ataques de Israel à Faixa de Gaza já mataram mais de 2.778 palestinos e feriram 9.938. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apela para um cessar-fogo e criação de um corredor humanitário em meio a catástrofe humanitária em Gaza. Do lado israelense, há 1.400 mortos e 4.121.
Gaza continua bloqueada, sem eletricidade, combustível e água. Israel afirma que já autorizou o reabastecimento de água no sul de Gaza, mas os palestinos relatam que devido aos bombardeios os canos foram destruídos e o abastecimento não foi normalizado.
Fronteira entre Israel e Líbano
O temor de uma escalada regional do conflito entre Israel e o Hamas cresce. Nesta segunda-feira, 16, o Hezbollah disse ter atacado cinco posições israelenses no norte de Israel. Fontes libanesas e a televisão elevisão al-Manar, administrada pelo Hezbollah, relataram bombardeios israelenses no norte do Líbano.
O governo israelense anunciou nesta segunda que pretende deslocar os moradores que vivem em cidades localizadas a até 2 km da fronteira com o Líbano.
Hezbollah e Israel vêm trocando tiros através da fronteira libanesa-israelense nos últimos dias. Há relatos de que o grupo também tenha destruído câmeras de vigilância de Israel que monitoravam fronteira. No domingo, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que o país “não tinha interesse” em uma guerra com o grupo. “Se o Hezbollah escolher o caminho da guerra, pagará um preço muito alto. Muito pesado. Mas se o grupo se contiver, respeitaremos isso e manteremos a situação como está”, disse.
No mesmo domingo, porém, Gallant anunciou que as forças israelenses bombardearam pontos no sul do Líbano controlados pelo Hezbollah.
Por Terra