O recém-empossado presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, revelou em entrevista à revista Focus Brasil, ligada à Fundação Perseu Abramo, que o próximo concurso para efetivos será “o maior da história em termos quantitativos”. Com 895 vagas autorizadas, o IBGE decidiu participar do Concurso Nacional Unificado (CNU) promovido pelo Governo Federal em parceria com o Ministério de Gestão e Inovação.
Segundo Pochmann, o objetivo do concurso é ampliar o quadro de funcionários e repor as perdas salariais sofridas nos últimos anos. Atualmente, o IBGE conta com aproximadamente 11 mil servidores, sendo 4 mil no quadro permanente e cerca de 7 mil temporários. Com mais de 7,5 mil cargos vagos, a situação tende a agravar-se com as aposentadorias previstas.
O presidente não especificou a distribuição das vagas, mas acredita-se que o concurso abrangerá diversos cargos nos níveis médio e superior. As remunerações para os aprovados variam de acordo com o cargo, sendo R$4.666,24 para técnicos, R$9.910,40 para analistas e pesquisadores, e R$10.891,67 para tecnologistas, todos com o auxílio-alimentação de R$658.
O CNU, conhecido como “Enem dos Concursos”, contará com um dia de provas previsto para o primeiro trimestre de 2024. Os candidatos responderão a questões objetivas comuns a todos, além de questões específicas de cada bloco temático. A aplicação das provas, objetivas e discursivas, ocorrerá em um único turno, seguido pela avaliação de titulação acadêmica e/ou experiência profissional pregressa.
A adesão do IBGE ao CNU, segundo Pochmann, visa democratizar o acesso às vagas federais, criando um processo inovador de seleção padronizada, com melhor distribuição e segurança das provas. O presidente destacou que o ano de 2023 representa a retomada de concursos, marcado pelo maior certame da história do IBGE em termos quantitativos.