18 abril 2024

Ministro de Bolsonaro mente e não ficou rico como advogado

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15 Jan de 2019 do YacoNews


Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro, mentiu ao afirmar que acumulou riqueza trabalhando como advogado.  A desculpa foi usada para justificar um aumento explosivo de patrimônio em pouco tempo, que fez Salles sair de devedor de pensão alimentícia para acumular uma fortuna de quase 10 milhões de reais.

Em 2013, quando ainda era secretário particular de Geraldo Alckmin, Salles foi à Justiça tentar reduzir o pagamento da pensão alimentícia. Na época, possuía salários de ‘parcos’ 12 mil reais e patrimônio de 1,4 milhão de reais. Cinco anos depois, sua fortuna chegou a 8 milhões e 800 mil reais.

A evolução de ‘modestos’ 1 milhão de reais por ano coincidiu com a atuação mais forte de Ricardo Salles na política, culminando com sua indicação a ministro do Meio Ambiente. Ele também alegou que fez fortuna trabalhando como advogado. Porém, neste último ponto, documento obtido com exclusividade pelo TopMídiaNews desmente o hoje ministro.

A MENTIRA

Conforme documento do próprio Tribunal de Justiça de São Paulo, esfera onde Ricardo Salles supostamente atua, o advogado não peticionou nenhuma ação em todo seu histórico. Além disso, ele não consta vinculado em nenhum processo como advogado. Veja o documento:


O levantamento foi realizado a pedido de uma auditoria externa, e assinado por Lucineia Helena Davanso, supervisora, e encaminhada a Rosely Padilha de Souza Castilho, secretária de Tecnologia da Informação do TJSP. O documento pede, inclusive, que o caso seja encaminhado a Corregedoria Geral da Justiça do TJSP. Acompanhe:

CONDENAÇÃO

A ficha de processos de Ricardo Salles é extensa, e não é preciso ir longe para descobrir seu tamanho em sua própria defesa, ele diz que os processos decorrem da perseguição de um velho inimigo. Candidato derrotado a deputado federal em 2018 pelo Partido Novo, o ministro teve que apresentar uma certidão repleta de ações.

O caso mais notório envolvendo o ministro virou condenação no fim do ano passado, na esfera civil. Para a Justiça de São Paulo, Ricardo Salles deve ter seus direitos políticos suspensos por três anos e pagar uma multa equivalente a dez vezes o salário que recebia como secretário de governo. Cabe recurso e, por isso, o processo segue em aberto.

O ministro foi condenado por atropelar regras internas para atender a demandas da Federação das Indústrias de São Paulo, a Fiesp, que defendia a liberação de projetos de mineração em uma área de preservação do rio Tietê. À Justiça, ele sugeriu “desapego ideológico” ao tratar de demandas ambientais.


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