24 abril 2024

Pesquisadores da USP conseguem produzir coronavírus em laboratório

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

06 Mar de 2020 do YacoNews


Diagnosticar o novo coronavírus no Brasil pode ficar mais fácil após um avanço anunciado pela Universidade de São Paulo (USP) nesta sexta-feira 6. Pesquisadores da instituição conseguiram isolar e cultivar, em laboratório, o coronavírus SARS-CoV-2, obtido dos dois primeiros pacientes brasileiros com confirmação da doença COVID-19 no Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo um dos pesquisadores, produzir coronavírus é importante porque a falta das amostras da doença, para serem usadas como controles positivos, era um dos fatores que limitavam o diagnóstico no Brasil. Como o SARS-CoV-2 surgiu no exterior, as amostras de vírus que têm sido utilizadas para esse objetivo são importadas da Europa e dos Estados Unidos, a um custo que varia entre 12 mil e 14 mil reais.

Por conta dessa condição limitante, o diagnóstico de casos da doença no país tem sido feito, principalmente, por laboratórios do setor privado e laboratórios de referência no setor público que têm recebido os casos suspeitos.


Na rede pública, são quatro laboratórios: Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; Instituto Evandro Chagas, no Pará; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de janeiro; e Laboratório Central de Goiás, voltado para os brasileiros repatriados da China. O primeiro teste tem sido feito pelos hospitais de referência de cada estado, e o material coletado é encaminhado para um desses laboratórios para a contraprova.

“A disponibilização de amostras de vírus cultivados em células permitirá aos laboratórios clínicos terem controles positivos para validar os testes de diagnóstico, de modo a assegurar que realmente funcionem”, disse o pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, professor Edison Luiz Durigon, à Agência Fapesp.


Os vírus serão distribuídos para grupos de pesquisa e laboratórios clínicos públicos e privados em todo o país, para aumentar o potencial de realização de testes e avançar em estudos sobre causa e propagação da doença. As amostras cultivadas poderão ser usadas em um kit para diagnóstico que o Ministério da Saúde vai fornecer para laboratórios centrais em todo o país.

Avanço é importante porque a falta das amostras da doença dificulta diagnósticos no Brasil
Diagnosticar o novo coronavírus no Brasil pode ficar mais fácil após um avanço anunciado pela Universidade de São Paulo (USP) nesta sexta-feira 6. Pesquisadores da instituição conseguiram isolar e cultivar, em laboratório, o coronavírus SARS-CoV-2, obtido dos dois primeiros pacientes brasileiros com confirmação da doença COVID-19 no Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo um dos pesquisadores, produzir coronavírus é importante porque a falta das amostras da doença, para serem usadas como controles positivos, era um dos fatores que limitavam o diagnóstico no Brasil. Como o SARS-CoV-2 surgiu no exterior, as amostras de vírus que têm sido utilizadas para esse objetivo são importadas da Europa e dos Estados Unidos, a um custo que varia entre 12 mil e 14 mil reais.

Por conta dessa condição limitante, o diagnóstico de casos da doença no país tem sido feito, principalmente, por laboratórios do setor privado e laboratórios de referência no setor público que têm recebido os casos suspeitos.

Na rede pública, são quatro laboratórios: Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; Instituto Evandro Chagas, no Pará; Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de janeiro; e Laboratório Central de Goiás, voltado para os brasileiros repatriados da China. O primeiro teste tem sido feito pelos hospitais de referência de cada estado, e o material coletado é encaminhado para um desses laboratórios para a contraprova.

“A disponibilização de amostras de vírus cultivados em células permitirá aos laboratórios clínicos terem controles positivos para validar os testes de diagnóstico, de modo a assegurar que realmente funcionem”, disse o pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, professor Edison Luiz Durigon, à Agência Fapesp.

Os vírus serão distribuídos para grupos de pesquisa e laboratórios clínicos públicos e privados em todo o país, para aumentar o potencial de realização de testes e avançar em estudos sobre causa e propagação da doença. As amostras cultivadas poderão ser usadas em um kit para diagnóstico que o Ministério da Saúde vai fornecer para laboratórios centrais em todo o país.


“Com isso, todos os estados estarão aptos a realizar o diagnóstico”, diz Durigon.

PUBLICIDADE

Nesta sexta-feira 6, o estado da Bahia confirmou o 9º caso de coronavírus no Brasil. A paciente é uma mulher de 34 anos, mora na cidade de Feira de Santana e retornou da Itália em 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma. O primeiro atendimento e as amostras foram coletadas em um hospital particular da capital baiana, sendo enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para a contraprova.

No mundo, mais de 100 mil pessoas foram contaminadas pelo novo coronavírus, e mais de 3.400 morreram por causa da doença em 91 países, conforme último balanço da Agence France-Presse (AFP), com base em fontes oficiais.



Com informações da Agência Fapesp.

Veja Mais