24 abril 2024

Acre está entre os Estados que mais reduziram taxa de homicídio, diz levantamento

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Acre está na lista dos estados que diminuíram homicídios no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado

Queda foi de 15%, conforme o Forum Nacional de Segurança Pública; Já Rondônia é o campeão nacional em elevação dos mesmos crimes.

O Acre teve uma queda de 15% em relação a crimes de assassinatos no primeiro semestre do ano em comparação com o ano passado, segundo o observatório da Segurança Pública e o Monitor da Violência de vários órgãos de imprensa que acompanham a escalada de mortes violentas no país, com base em números fornecidos pelas secretarias estaduais de segurança ao Ministério da Justiça.

De acordo com os números, o Acre está ao lado de oito estados e do Distrito Federal que também diminuíram os crimes de homicídios.

São eles: Roraima: -34%; Distrito Federal: -21%; Rio Grande do Norte: -18%; Amapá: -17%; Maranhão: -17%; Espírito Santo: – 16,5%; Rio de Janeiro: -16%; Goiás: -14% e Bahia: -10%. Entre os estados campeões na redução de crimes está Roraima, com 34% a menos.

No entanto, há estados em que se posicionam na contra mão dos dados, com o aumento dos crimes. É o caso de Rondônia, vizinho ao Acre, que é uma espécie de campeão nacional na elevação das taxas de crimes de homicídio. O vizinho Estado aumentou 24% o percentual de crimes em relação ao mesmo período do ano passado e é seguido, em aumento nas taxas, pelos estados de Minas Gerais, Piauí, Alagoas, Pernambuco, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Os números mostram que no primeiro semestre do ano ocorreram no país 20,1 mil assassinatos, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, mesmo com a redução, o número continua elevado. Em média, mais de 111 brasileiros foram assassinados por dia no primeiro semestre de 2022.

Estão contabilizadas no número as vítimas dos seguintes crimes: homicídios dolosos (incluindo os feminicídios); latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte.

A queda no número de assassinatos em relação a anos anteriores começou em 2021, quando no Brasil foi registrada uma queda de 7% no número de assassinatos. Foram 41,1 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta os dados desde 2007.

O percentual de diminuição de mortes no Brasil no primeiro semestre de 2022 representa 1,1 mil vidas poupadas em relação ao mesmo período de 2021. O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A queda mais expressiva foi a da região Sudeste, com uma diminuição de quase de 7,5%. Foram quase 393 mortes a menos, sendo que todos os estados tiveram queda, menos Minas Gerais (alta de 2%).

No Espírito Santo, por exemplo, o número de assassinatos no primeiro semestre foi o menor em 26 anos. Houve uma queda de mais de 16% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Rio de Janeiro também teve uma queda expressiva: o número de mortes violentas passou de 1.810 no ano passado para 1.515 neste ano (-16%). Inclusive, em 2021, os homicídios dolosos atingiram uma baixa histórica no Rio, segundo o Instituto de Segurança Pública.

Já no Nordeste, a queda foi de mais de 5% — mas três estados da região tiveram alta, na contramão da queda nacional. São eles: Alagoas (6%), Pernambuco (10%) e Piauí (7%).

A mesma situação aconteceu no Centro-Oeste. No geral, houve uma queda de 4%, mas Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tiveram altas de mais de 10% nas mortes.

O estado com a maior alta de violência no primeiro semestre deste ano, porém, está no Norte. Rondônia teve um aumento de 24% nos registros. Essa variação é mais baixa que a registrada no primeiro trimestre deste ano (alta de 43%), o que significa que o ritmo da violência diminuiu entre abril e junho – mas os indicadores continuam na contramão da tendência nacional de queda.

Em fevereiro, a morte de um casal integrante da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) chamou a atenção do estado. Ilma Rodrigues dos Santos, de 45 anos, e o companheiro dela, Edson Lima Rodrigues, foram mortos a tiros em uma propriedade rural do distrito do Abunã, em Porto Velho. A caminhonete do casal foi incendiada por criminosos.

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