Com a baixa cobertura vacinal contra poliomielite, a Secretaria Municipal de Saúde iniciou uma busca ativa nas escolas da rede pública municipal para facilitar a atualização da caderneta de crianças. Além da vacina contra pólio, a ação também disponibiliza a imunização contra febre amarela, influenza e DTP, esta última, vacina tríplice para prevenir a difteria, o tétano e a coqueluche.
A ação ocorre nas escolas públicas da capital. Dados da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) mostram como a cobertura vacinal contra poliomielite segue baixa, mesmo com a campanha de vacinação nacional. Segundo a secretaria, 64.932 crianças de 1 a 4 anos devem ser vacinadas no estado, e apenas 11.756 foram vacinadas, ou seja, 18% do estimado.
Já em Rio Branco, o público-alvo é de 24.462 e apenas 2.087 crianças se vacinaram contra a pólio, ou seja, 9% apenas. A secretária municipal de Saúde, Sheila Andrade, disse que a intenção é chegar ao máximo de crianças possíveis e também conscientizar os pais.
“A nossa prioridade nesse momento é a poliomielite, porque até o dia 30 de setembro é onde estamos avançando na campanha, mas estamos trazendo outras vacinas, que estão atrasadas no calendário de rotina da criança. Essa vacinação não é somente para as crianças que estudam na escola, mas aquele pai que tem um filho em casa e outro que está na escola, traga para a escola para vacinar, se você ainda não se vacinou, a equipe da escolas, os profissionais da escola também podem estar se vacinando neste momento”, destaca.
Ela alerta ainda que a poliomielite é uma doença sem cura, que pode deixar sequelas irreversíveis nas crianças.
“Estamos muito longe do que é preconizado pelo Ministério da Saúde, que é 95% do público imunizado. A gente vacinou pouquíssimo, mas estamos aqui na luta, buscando, incentivando os pais, os responsáveis, a trazerem seus filhos. Eessa é uma doença que não tem cura, procure trazer seu filho, valorize o presente que Deus lhe deu e traga para se vacinar, porque contra pólio, a única prevenção para evitar que o seu filho pegue essa doença é a vacinação”, destaca.
A vacinação ocorre simultaneamente em 12 unidades, que conseguem atender as regionais da cidade. O aviso da vacinação na escola é feito com antecedência para que os pais fiquem cientes possam organizar a carteira de vacinação, documento necessário para que a equipe saiba quais são as vacinas que a criança já tomou e as que precisam ser colocadas em dia.
‘A gente relaxa’
Uma das mães que aproveitou a ação para colocar a carteirinha da filha em dia foi a autônoma Luana Silva. A pequena Iasmim Silva, de 4 anos, precisou tomar, nesta quinta-feira (22), as vacinas contra pólio, febre amarela, DTP – reforço da penta Influenza
“Na verdade, é bem difícil a locomoção, sair de casa, porque tem toda uma rotina e a gente acaba meio que relaxando e, na unidade básica, faltam profissionais. Eu mesma já dei várias viagens e não tinha profissionais na hora naquele momento que pudesse levar ela e aí acaba acumulando. Vacinando, a gente relaxa, é um erro e hoje estamos aproveitando essa ação para corrigir esses erros. Estava bastante preocupada e tem sempre a oportunidade de aproveitar situações e fazer o que é importante, que é atualizar a vacinação. A intenção é não deixar mais isso acontecer”, finaliza.