26 julho 2024

Após decisão do STF, Moro diz que julgamentos na Lava Jato foram imparciais

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Após o STF (Supremo Tribunal Federal) considerar que Sergio Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), o ex-juiz da Lava Jato se defendeu, dizendo que sempre tratou os acusados pela força-tarefa da operação “com o devido respeito”.

“Todos os acusados foram tratados nos processos e julgamentos com o devido respeito, com imparcialidade e sem qualquer animosidade da minha parte, como juiz do caso”, disse, em nota, o ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Ao julgar a suspeição de Moro, os ministros do STF restringiram a análise à atuação de Moro no caso do tríplex em Guarujá (SP), no qual o petista, em 2018, foi condenado pelo ex-juiz pelo suposto recebimento do imóvel como forma de propina.

O recurso contra Moro foi apresentado pela defesa de Lula em novembro de 2018, dias depois de o então juiz da Lava Jato ter abandonado a magistratura para assumir o cargo de ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

Para a defesa de Lula, o aceite de Moro para chefiar o ministério mostrava uma motivação política do ex-juiz para julgar o petista. O ex-presidente ficou de fora da eleição presidencial de 2018, vencida por Bolsonaro, em razão da sentença no caso do tríplex.

Sobre a decisão da Segunda Turma do Supremo, Moro disse ter “absoluta tranquilidade em relação aos acertos” das decisões que teve enquanto juiz, “todas fundamentadas, nos processos judiciais, inclusive quanto aqueles que tinham como acusado o ex-presidente [Lula]”.

Ainda na nota, Moro defendeu a Operação Lava Jato, a qual chamou de “marco no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Brasil e, de certo modo, em outros países, especialmente da América Latina”.

“O Brasil não pode retroceder e destruir o passado recente de combate à corrupção e à impunidade e pelo qual foi elogiado internacionalmente”, afirmou. “A preocupação deve ser com o presente e com o futuro”, finalizou a nota.

 

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