19 abril 2024

Situação volta a ser normalizada na fronteira e Assis Brasil não tem filas para abastecimento, diz prefeito

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Posto de combustível de Assis Brasil tem movimento normal nesta terça-feira (7) — Foto: Arquivo/Prefeitura de Assis Brasil

O único posto de combustíveis de Assis Brasil, cidade do interior do Acre que faz fronteira com o Peru, não tem registro de filas para abastecimento desde essa segunda-feira (6). A informação foi confirmado ao g1 nesta terça (7) pelo prefeito em exercício do município, Reginaldo Martins.

“Ontem [segunda, 6] o movimento deu uma caída, já não temos mais aquela fila gigante que estava, está calmo. Populares ali do Peru nos deram a informação de que, parcialmente, foi aberta a Carretera [Interoceânica] e conseguiram fazer o abastecimento no lado peruano. Então, ontem esteve tranquilo, hoje, até agora, está tranquilo e está começando a voltar à normalidade na fronteira”, confirmou Martins.

Na semana passada, os peruanos voltaram a lotar o posto de combustíveis de Assis Brasil provocando filas e desabastecimento. No último domingo (5), inclusive, não havia mais combustíveis no posto. Um dia antes, no sábado (4), equipes da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp) se reuniram com representantes da prefeitura para discutir a situação.

Os viajantes são, em maioria, da cidade de Iñapari, que faz fronteira com o município acreano, e começaram a recorrer ao Acre no dia 23 de janeiro, por conta da falta de produtos no Peru em meio à crise política e confrontos entre manifestantes e a polícia. Na mesma semana, o prefeito Jerry Correia chegou a afirmar que a situação estava normalizada.

Uma das medidas tomadas de forma imediata foi reforçar a segurança na cidade para impedir a venda ilegal de combustível para peruanos que buscavam abastecimento no lado brasileiro. Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC) ficaram na rodovia fazendo fiscalizações para tentar flagrar motoristas que estivessem transportando combustíveis de forma irregular para vender para os peruanos.

Outra decisão tomada foi referente ao abastecimento de veículos de emergência do município acreano. As equipes da Sejusp e da prefeitura pediram ao dono do posto para que uma das bombas de combustível ficasse exclusivamente para o abastecimento de carros das políciais, da prefeitura, ambulâncias e outros de assistência.

Mesmo com a situação mais controlada, equipes do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e PRF-AC, Polícia Militar (PM-AC) e homens do Exército permanecem na cidade auxiliando motoristas acreanos e peruanos.

O Peru vive uma crise política desde o ano passado. As manifestações começaram depois que o Congresso derrubou o presidente Pedro Castillo, no dia 7 de dezembro. Castillo foi preso e condenado a uma pena inicial de 18 meses.

Ainda quando era presidente, ele era investigado em diversos processos. Castillo, então, tentou dissolver o Congresso. Sem apoio do exército, do Judiciário e do Legislativo, ele foi derrubado e preso horas depois.

A vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu o cargo.

Por G1 AC

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