O Festival Mariri, um dos maiores eventos indígenas do Acre, está prestes a começar, e este ano promete ser ainda mais especial com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, na cerimônia de abertura que ocorrerá nesta sexta-feira (1º) na Aldeia Mutum, localizada às margens do Rio Gregório, em Tarauacá, no interior do estado.
A confirmação da participação da ministra foi feita pelo gabinete da governadora em exercício, Mailza Gomes. A chegada da comitiva da ministra está marcada para o Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul Marmud Camli, na AC-405, km 14, onde será recebida com uma cerimônia de boas-vindas.
A ministra, então, seguirá para a Aldeia Mutum, onde será acolhida pelo Povo Yawanawá. O Mariri Yawanawá, como é conhecido pelos indígenas, terá início nesta sexta-feira e se estenderá até o próximo dia 7. Durante essa semana de celebração, a aldeia recebe visitantes, turistas e pessoas de diversas partes do mundo.
O evento é marcado por cânticos, rezas, danças, rituais de cura, expressões artísticas, culturais e espirituais. “Todos os Yawanawá já chegaram na Aldeia Mutum, está tudo preparado, e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, está a caminho”, afirmou Joaquim Tashka, coordenador geral dos festivais.
Além da ministra, a abertura do festival contará com a presença de Joênia Wapichana, deputada federal e presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Célia Xakriabá, deputada federal de Minas Gerais (MG), e representantes do governo estadual.
“Todos os anos, o Mariri celebra a vida, nossos ancestrais e a espiritualidade Yawanawá. Paramos uma vez por ano para fazer isso. Vamos celebrar também meus 50 anos”, celebrou Tashka. Ele também destacou que quase duas mil pessoas são esperadas na aldeia durante a festividade. O Festival Mariri é um dos eventos mais tradicionais do estado e acontece desde 2013.
Durante a celebração, os turistas têm a oportunidade de participar de rituais, como o uso do chá ayahuasca, rapé de tabaco e a vacina do sapo.
“Pessoas de todo o mundo vêm celebrar conosco. O Mariri Yawanawá é muito profundo, é uma jornada de cura pessoal, e nós, da aldeia, esperamos o ano inteiro por ele. Paramos para celebrar a vida e a natureza”, concluiu Tashka.