25 novembro 2024

Caso da influencer Karol Eller, apoiadora de Bolsonaro, é registrado como “suicídio consumado”

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A influencer Karol Eller, conhecida por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), faleceu nesta ultima quinta-feira (12/10) em São Paulo. Antes de sua morte, ela havia compartilhado mensagens nas redes sociais, expressando afirmações como “perdi a guerra” e “lutei pela pátria”. Em setembro, a influenciadora, que era lésbica, começou um processo de negação de sua sexualidade após retornar de um retiro religioso.

O falecimento foi confirmado por diversos parlamentares, como os deputados Paulo Mansur (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), e membros da família Bolsonaro, incluindo o deputado Eduardo (PL-SP) e o senador Flávio (PL-RJ), que lamentaram a tragédia nas redes sociais.

O caso foi registrado como “suicídio consumado” no 27º Distrito Policial, por volta das 22h de quinta-feira (12/10).

“Sim, eu renunciei à prática homossexual, eu renunciei a vícios e aos desejos da minha carne para viver em Cristo! Que Deus abençoe vocês!”, anunciou Karol Eller nas redes sociais.

Karol Eller, prima de terceiro grau da cantora Cassia Eller, tinha 36 anos. Antes de se tornar influenciadora digital, trabalhou como promotora de eventos e compartilhava sua vida nos Estados Unidos (EUA). Ela tinha mais de 200 mil seguidores no Instagram e 700 mil no Facebook.

Ela afirmou ter sido vítima de um ataque homofóbico na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, há quatro anos. A delegada que cuidava do caso, Adriana Belém, descartou essa alegação à época, afirmando que Eller poderia ser indiciada por denunciação caluniosa.

Aproximação de Karol Eller com a família Bolsonaro: No final de 2019, após se aproximar da família Bolsonaro, Karol Eller foi nomeada para um cargo na Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ela foi exonerada no início deste ano após participar dos ataques antidemocráticos em 8 de janeiro.

Depois disso, ela foi nomeada assessora do deputado Paulo Mansur.

Um dos membros mais próximos de Karol Eller era Renan, filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Ela também foi vista diversas vezes ao lado de ex-ministros como Paulo Guedes e Damares Alves.

Busque ajuda

Isso ocorre porque o tema é debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. No entanto, o silêncio camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que realmente leva essas pessoas ao suicídio.

Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais fatores identificados pelos médicos em um potencial suicida. Há problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Se você está passando por um período difícil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar. A organização oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas por dia, todos os dias.

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, em ambulância, quanto à distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.

Disque 188: Em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV) a cada mês. São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. A depressão, se não tratada, pode levar a atitudes extremas.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Atualmente, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília onde se pode encontrar ajuda gratuitamente. Cerca de 50 voluntários atendem a quem precisa, 24 horas por dia.

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