No cenário político de Sena Madureira, a Prefeitura anuncia o lançamento do projeto “Prato Solidário” com a entrega de 300 cestas básicas a famílias carentes. A iniciativa, que ocorre sete anos após o início da gestão do prefeito Mazinho Serafim, levanta questionamentos sobre o timing político e a real preocupação da administração com as necessidades da população.
O projeto, liderado pelo prefeito e pelo secretário de Cidadania e Assistência Social, Daniel Herculano, é apresentado como uma ação emergencial para beneficiar as famílias mais vulneráveis do município. No entanto, a demora em implementar medidas assistencialistas ao longo dos anos anteriores gera indagações sobre a real intenção por trás do lançamento, especialmente em um ano que sucede as eleições municipais.
A falta de atenção às famílias carentes durante os sete anos de mandato é evidenciada por episódios passados, como a ocorrência de uma grande alagação em 2021. Na ocasião, o governo federal destinou um considerável montante, quase R$ 1,5 milhão, por meio de um cartão corporativo para auxiliar as vítimas da cheia. No entanto, o uso desse recurso gerou controvérsias, culminando na abertura de uma CPI para investigar possíveis irregularidades.
Ainda mais intrigante é o fato de que, mesmo diante da urgência em lidar com os impactos da alagação, a administração municipal parece não ter priorizado adequadamente o auxílio às famílias necessitadas naquele momento. A CPI, que deveria esclarecer o destino dos recursos e verificar a efetividade das ações tomadas, encontra-se paralisada devido ao falecimento do presidente da comissão, o vereador Gilberto Diniz.
A pergunta que ecoa na mente dos cidadãos é por que somente agora, em um ano eleitoral, a gestão decide implementar um projeto assistencialista como o “Prato Solidário”. Seria uma ação genuína de preocupação com a população mais necessitada ou uma estratégia política para angariar apoio em um momento crucial?
A população merece respostas transparentes e a garantia de que as ações governamentais estão realmente voltadas para o bem-estar da comunidade, independentemente do calendário eleitoral. A análise crítica é essencial para que a sociedade possa discernir entre ações legítimas e movimentos que possam ter motivações puramente políticas.