Aconteceu na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), na noite da sexta-feira 23, mais um transplante de fígado. O Receptor W.O.L, 41 anos, procedente do município de Rio Branco, portador de cirrose hepátic,a decorrente do vírus da hepatite B e Delta, estava na fila de espera por um transplante de fígado desde de 2023.
Todo o procedimento teve início por volta das 18h da tarde da quinta-feira, 22, quando um doador de Porto Velho, em Rondônia, foi notificado pela Central Estadual de Transplantes, iniciando-se a corrida contra o tempo para realização dos procedimentos de retirada e transplante em tempo hábil.
A logística de captação bem sucedida foi possível graças ao apoio do governo do Estado que viabilizou aeronave para deslocamento da equipe de captação de Rio Branco para Porto Velho e retorno da equipe com o órgão, pois não havia possibilidade de voo comercial em tempo hábil e nem aeronave da FAB disponível, naquele momento.
“O governo do Acre não mede esforços na promoção de assistência a saúde pública e quando se trata de salvar vidas, principalmente. Todos os transplantes que vem ocorrendo no hospital tem um apoio significativo do Estado. Atuamos conforme determina nosso governador Gladson Cameli, que é cuidar das pessoas com um trabalho assistencial humanizado, e assim temos feito”, enfatiza o presidente da Fundhacre, João Paulo Silva.
Por volta das 10h da manhã de sexta a equipe de captação, chefiada pelo cirurgião Tércio Genzini, embarcou com destino a Porto Velho onde foi realizada a cirurgia de captação de órgãos e pousaram novamente em Rio Branco por volta de 17:40h, com o fígado.
Uma segunda equipe já preparava o receptor no Centro Cirúrgico da Fundhacre, onde aconteceu a cirurgia de transplante de fígado. “O procedimento ocorreu sem intercorrências, com término por volta das 23h, o receptor segue estável, apresentando boa evolução aos cuidados da Unidade de Terapia Intensiva da Fundhacre”, destaca a coordenadora de transplantes Valéria Monteiro.
“Não tem como não se emocionar com essas ações que salvam vidas. Quando chegamos no hospital avistamos uma moça que filmava e chorava, era a irmã do nosso paciente que estava emocionada em nos ver chegando com a nova vida do irmão dela naquela caixa, dei um abraço bem apertado nela. Não tem dinheiro no mundo que pague esse momento de levar esperança de uma vida nova”, emocionada, conta a diretora executiva da Fundhacre Duciana Araújo.
Ao todo, somam-se 82 procedimentos desde o início do programa, em 2014. O Acre é o único estado da Região Norte que realiza o serviço de transplante hepático.
Entenda a logística
Para viabilizar o processo de captação e transplantes, é necessária a integração e envolvimento de uma equipe multidisciplinar, incluindo profissionais da Organização de Procura de Órgãos (OPO) vinculada à Central Estadual de Transplantes, com a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), que viabiliza a distribuição e logística para a chegada do órgão.
Quando o órgão é de outro estado, a Força Aérea Brasileira (FAB) realiza o transporte. Já a equipe da Fundhacre disponibiliza toda estrutura, assistência técnica, logística para equipe de transplantes e receptores dos órgãos, além de contar com um grupo cirúrgico com excelência em procedimentos desse porte.
Via Agência Acre