Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), após as enchentes que atingiram o estado, foram notificados 85 novos casos suspeitos de leptospirose. Destes, um foi confirmado como positivo em Cruzeiro do Sul. Desde o início do ano, já foram registrados 235 casos suspeitos no estado.
Até o momento, foram confirmados 14 casos de leptospirose desde janeiro, enquanto 23 amostras estão em análise aguardando resultados. Além disso, 198 casos foram descartados após avaliação.
A médica veterinária Julia Galdino, da Sesacre, mencionou em entrevista ao ContilNet que a previsão de aumento de casos era esperada a partir de 13 de março, levando em consideração o período de incubação da doença, que varia de 7 a 30 dias, e o período da enchente, quando o nível do manancial ultrapassou os 13 metros em 23 de fevereiro.
A equipe da Sesacre está realizando visitas a unidades de saúde para fornecer informações, materiais impressos e fluxogramas, além de dialogar com médicos e enfermeiros. Também está em planejamento uma capacitação com uma médica infectologista, visando estabelecer protocolos para prevenir novos casos e evitar complicações graves.
É fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da leptospirose, como febre, dor de cabeça, dores no corpo (especialmente na panturrilha), náuseas, vômitos e falta de apetite até 40 dias após o contato com águas de enchentes ou esgoto. Caso apresente esses sintomas, é importante procurar imediatamente o Centro de Saúde mais próximo e informar sobre o contato com água ou lama de enchente para um diagnóstico e tratamento adequados.
A prevenção inclui o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) como botas, evitar contato direto com água contaminada, cuidado com alimentos que possam ter sido afetados e evitar o consumo de água não tratada, mesmo que filtrada.
Via Contilnet.
