10 novembro 2024

Conheça a origem da tradição católica de não comer carne na Semana Santa

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

A prática de abster-se de carne durante a Semana Santa é uma tradição profundamente enraizada no calendário católico, remontando às celebrações da cultura judaica e mantida pela Igreja Católica ao longo dos séculos.

A Páscoa é considerada a celebração mais importante no calendário católico, marcando a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Durante esse período, os fiéis são chamados a abster-se de carne como um ato de lembrança dos sacrifícios de Jesus.

A origem dessa prática remonta às celebrações antigas da cultura judaica, onde rituais de introspecção e restrições alimentares eram comuns em tempos solenes. Por exemplo, no Yom Kippur (Dia do Perdão), o dia mais sagrado do calendário hebraico, há o tradicional jejum como parte das práticas religiosas.

No catolicismo, a Quaresma marca um tempo de reflexão e sobriedade em preparação para a Páscoa. Durante a Quaresma, é comum a abstinência de carne em dois dias específicos: a Quarta-Feira de Cinzas e a Sexta-Feira Santa. Nessas ocasiões, o peixe muitas vezes é escolhido como substituição à carne.

A abstinência de carne nessas datas é considerada uma forma de mortificação e penitência, representando a vivência dos grandes mistérios da fé cristã, como a morte e ressurreição de Jesus.

Além dos dias específicos da Quarta-Feira de Cinzas e Sexta-Feira Santa, a abstinência de carne também é recomendada em todas as sextas-feiras do ano, como um ato de recordação da Paixão de Cristo. No entanto, há exceções, como quando grandes solenidades religiosas coincidem com a sexta-feira, como o Natal.

A prática da abstinência de carne está descrita no Código de Direito Canônico da Igreja Católica, que orienta os fiéis sobre diversas práticas religiosas a serem observadas.

É importante destacar que, embora a abstinência de carne seja uma tradição significativa, há casos em que os fiéis estão dispensados dessa prática, como pessoas com idade inferior a 14 anos ou superior a 60 anos, ou aqueles que têm condições de saúde que impeçam o jejum.

Nesses casos, a alternativa é substituir a abstinência de carne por obras de caridade e exercícios de piedade, mantendo o espírito de reflexão e sacrifício característico desse período na tradição católica.

Via G1 Globo.

Veja Mais