Um macaco entrou em um supermercado por dois dias seguidos em São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina. O animal bebeu cerveja, comeu pinhão e chegou a pegar uma lâmina de barbear. Ele foi apreendido, de acordo com Grupo de Operações e Resgate (GOR) da cidade, e não se feriu.
O animal é um macaco-prego-preto macho, de acordo com o biólogo do GOR Carlos Rocha. Ele tem registro, porém estava com a vacina antirrábica atrasada. O tutor mora perto do supermercado.
Sábado
Primeiramente, o macaco, chamado de Chico, entrou no supermercado, no bairro Rocio Grande, no sábado (20). O GOR foi chamado por volta das 18h30.
O GOR foi chamado para recolher o animal. O tutor estava no supermercado e foi identificado.
“O animal possuía registro no Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e o tutor tinha a documentação. O animal inclusive era microchipado. Com isso, foi acionada a Polícia Militar, que esteve presente e realizou um termo circunstanciado por omissão de cautela na guarda do animal”, explicou o coordenador.
No próprio sábado, o GOR não conseguiu fazer a captura do macaco, que estava assustado. “Ele acabou retornando sozinho para casa ainda no sábado à noite, após o mercado fechar”, relatou Medeiros.
Domingo
Porém, o macaco retornou ao local no dia seguinte, pela manhã. Por volta das 8h30, o GOR foi chamado novamente pelos funcionários do supermercado.
Desta vez, a equipe conseguiu fazer a captura. “Em vista do fato ter se repetido, a Polícia Militar realizou a apreensão do animal, junto com o GOR”, disse Medeiros.
Segundo ele, o tutor sabia que o animal estava no supermercado, mas não demonstrou interesse em buscá-lo. Por isso, foi feita a apreensão.
Macaco Chico é capturado após entrar em supermercado em São Francisco do Sul — Foto: Wesley Henrique Medeiros/Divulgação
Dessa forma, o macaco foi enviado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres, em Florianópolis, cidade a cerca de 180 quilômetros ao Sul de São Francisco do Sul.
O coordenador do GOR explicou que o animal tem registro e o tutor demonstrou interesse em recuperá-lo após a apreensão. Agora o homem precisa entrar com um processo e aguardar decisão judicial sobre a guarda do macaco.
Por Joana Caldas, g1 SC