26 julho 2024

Tragédia em Rio Grande do Sul: temporais deixam 32 mortos e centenas de desabrigados

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Desde a última segunda-feira, o Rio Grande do Sul tem sido assolado por fortes temporais que já resultaram na perda trágica de 32 vidas, de acordo com a Defesa Civil. Essa cifra inclui 29 mortes oficialmente registradas pelo órgão e outras três confirmadas por autoridades locais, como prefeituras, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. O número de desaparecidos é alarmante, totalizando 60 pessoas, enquanto 36 indivíduos estão feridos.

O governador Eduardo Leite, em meio à devastação, expressou sua preocupação com o acesso limitado a algumas áreas afetadas, indicando que o saldo de vítimas fatais pode aumentar à medida que as equipes de resgate conseguirem alcançar regiões inacessíveis.

A situação é crítica, com cerca de 14,8 mil pessoas desalojadas ou fora de suas casas. Os abrigos estão acolhendo 4.645 indivíduos, enquanto 10.242 estão temporariamente desalojados. Os estragos se espalham por 154 dos 496 municípios do estado, impactando diretamente 71,3 mil habitantes.

Diante desse cenário de calamidade, o governo federal e estadual agiram. O governo federal reconheceu oficialmente o estado de calamidade pública, enquanto o governo do estado decretou a mesma situação devido aos “eventos climáticos de chuvas intensas”. Essas medidas desencadearam a suspensão das aulas na rede estadual, afetando 700 mil alunos em 2.340 escolas.

As mortes foram registradas em várias cidades, como Canela, Candelária, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, entre outras, com números confirmados pela Defesa Civil. As operações de busca e salvamento continuam, com esforços concentrados em áreas onde a comunicação e o acesso são desafiadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a região para prestar solidariedade às famílias afetadas e garantir apoio do governo federal. Recursos do Bolsa Família serão antecipados para beneficiários nas áreas atingidas, enquanto o Poder Judiciário também oferece assistência financeira para ajudar a população prejudicada pelas chuvas.

Os meteorologistas atribuem esses temporais a três fenômenos regionais, exacerbados pelas mudanças climáticas: correntes intensas de vento, umidade da Amazônia e bloqueio atmosférico devido a ondas de calor. A previsão indica mais chuvas nas próximas 24 horas, aumentando os desafios para a recuperação das áreas atingidas.

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