A reforma do ensino médio, aprovada pela Comissão da Educação do Senado, promete transformações substanciais na rotina não apenas de professores e alunos, mas também das famílias e comunidades. O texto atualizado do PL 5.230/23, um substitutivo que agora retorna à Câmara dos Deputados, prevê ampliação da carga horária mínima total para formação geral básica (FGB), passando de 1,8 mil para 2,4 mil horas. A carga horária anual mínima também aumenta, de 800 para 1 mil horas distribuídas em 200 dias letivos.
Entre as mudanças mais debatidas está a inclusão obrigatória da língua espanhola, além do inglês, como componente curricular. Especialistas como Catarina de Almeida Santos da UnB destacam os avanços, mas alertam para desafios na implementação, especialmente no equilíbrio das cargas horárias entre disciplinas.
A proposta também cria itinerários formativos com carga mínima de 800 horas, focados em áreas de conhecimento ou formação técnica profissional. Críticas surgiram sobre a possibilidade de conteúdos menos relevantes, como aulas de culinária gourmet, nos itinerários.
Outro ponto controverso é a permissão para aulas ministradas por profissionais de “notório saber” em áreas específicas, o que levanta preocupações sobre a qualidade do ensino. Apesar das discordâncias, a reforma é vista como essencial para modernizar o ensino médio e torná-lo mais atrativo e alinhado às necessidades do mercado e da sociedade.
Agora, a proposta segue para novos debates e ajustes antes de sua implementação, exigindo esforços conjuntos entre estados, governo federal e comunidades escolares.
Via Agência Brasil.