5 outubro 2024

Febre oropouche no Acre: mais de 400 casos confirmados em 2024, apenas um município sem registros

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A febre oropouche, uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus de mesmo nome, tem avançado rapidamente no Acre. Dados do último boletim das doenças arboviroses, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), mostram que o estado já registrou 407 casos confirmados de febre oropouche em 2024. Em comparação, o ano anterior teve apenas 60 casos confirmados, distribuídos em oito municípios.

De acordo com o boletim, todos os municípios do Acre, exceto Santa Rosa do Purus, apresentaram registros da doença até 2 de julho de 2024. Entre 1 de janeiro e 2 de julho, foram coletadas 1.197 amostras, significativamente mais do que as 145 amostras coletadas em 2023. Dessas amostras coletadas em 2024, aproximadamente 34% foram confirmadas como casos de febre oropouche.

A febre oropouche é causada por um arbovírus que ocorre em dois ciclos: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, a doença costuma infectar macacos, bichos-preguiça e aves silvestres. Os transmissores naturais são mosquitos como o Aedes serratus (Pará) e o Coquillettidia venezuelensis (Trinidad).

No ciclo urbano, o único hospedeiro é o ser humano, com transmissão principalmente pelo Culicoides paraensis, também conhecido como borrachudo ou maruim.

Os principais sintomas da febre oropouche incluem:

  • Febre
  • Calafrios
  • Dor de cabeça
  • Dor nas articulações
  • Náuseas

O tratamento da febre oropouche envolve o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Em casos graves, pode ser necessária uma terapia antiviral utilizando um fármaco chamado ribavirina.

O avanço significativo da febre oropouche no Acre destaca a necessidade de maior vigilância e controle da doença. A comunidade é encorajada a adotar medidas preventivas e buscar assistência médica ao apresentar sintomas.

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