O caso da estudante Bruna Silva, que denunciou um estupro após aceitar uma carona em uma festa em Rio Branco, no Acre, segue em investigação seis meses após o ocorrido. Bruna, de 23 anos, registrou a denúncia em julho do ano passado e relatou o incidente publicamente nas redes sociais. Ela afirmou que foi vítima de violência sexual após pegar uma carona de um conhecido, Higor Lima, de 23 anos, que alegou que a relação foi consensual.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), informou que a investigação ainda está em andamento. Segundo o delegado Odilon Vinhadelli Neto, faltam ouvir algumas testemunhas e realizar diligências para reunir mais provas. Ele explicou que o processo não é simples, pois envolve a coleta de informações de testemunhas e análise de provas, como imagens de câmeras de segurança.
Apesar de já ter passado o prazo de 30 dias recomendado por lei para a conclusão de inquéritos, o delegado destacou que a complexidade do caso justifica a extensão do prazo. “A demanda da delegacia é alta e estamos trabalhando para finalizar o caso o quanto antes”, declarou.
Bruna, por sua vez, disse que ainda vive com medo devido ao ocorrido e lamentou a falta de uma solução até o momento. Ela revelou que se afastou do caso e deixou sua advogada responsável pela condução dos procedimentos. No entanto, Bruna afirmou que não desistirá da busca por justiça.
A denúncia feita por Bruna expôs uma situação traumática e o medo de revitimização, que levou a jovem a se afastar do processo. Ela comentou que o acusado, Higor Lima, negou as acusações e contestou a versão de Bruna, afirmando que a relação foi consensual e que ele estava sendo injustamente acusado.
O caso também ganhou repercussão com o relato de Bruna sobre outros possíveis casos envolvendo o suspeito, mas até o momento não foram formalizadas denúncias adicionais. A Polícia Civil permanece aberta a novas informações e orientações para outras vítimas que queiram formalizar suas denúncias.
A busca por justiça de Bruna, junto ao apoio psicológico que ela recebeu, segue sendo um símbolo da luta contra a violência sexual e pela conscientização sobre a necessidade de denúncias em casos de abuso. A investigação continua, com o objetivo de esclarecer os fatos e garantir a responsabilização de quem cometeu o crime.
Como denunciar casos de violência contra a mulher:
- Polícia Militar: 190 (em caso de risco imediato)
- Samu: 192 (para socorro urgente)
- Disque 100: denúncias anônimas de violação de direitos humanos
- Delegacias especializadas ou qualquer delegacia de polícia
- Secretaria da Mulher do Acre: (68) 99930-0420
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656-5008
Observação: As denúncias podem ser feitas de maneira confidencial para proteger a identidade da vítima.
Informações conforme o G1 Acre.