A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (13/02), um servidor público suspeito de envolvimento com desmatamento ilegal no Pará. A operação cumpriu um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão em Belém, além de outro mandado de busca e apreensão em Anápolis/GO. Durante a ação, o servidor foi flagrado com uma arma de fogo sem registro em sua residência na capital paraense.
Nos locais das buscas, a PF apreendeu um veículo, aparelhos celulares e uma espingarda calibre 28 com oito munições. Além da prisão, o suspeito teve seu exercício na função pública suspenso.
Os dois alvos da operação são investigados por comércio ilegal de madeira, lavagem de dinheiro e receptação qualificada.
As investigações começaram após a identificação de movimentações financeiras atípicas realizadas pelo servidor, totalizando mais de R$ 26 milhões em créditos e débitos. As transações envolviam pessoas físicas e empresas, principalmente do setor madeireiro, além de depósitos e saques fracionados incompatíveis com sua renda declarada.
A PF também identificou que o servidor público enviava recursos para pessoas e empresas nas cidades paraenses de Anajás, Porto de Moz, Breves, Moju e Portel, localizadas nas regiões do Marajó, Xingu e Tocantins. Esses municípios são conhecidos pela alta incidência de desmatamento ilegal, especialmente em Reservas Extrativistas, áreas protegidas por lei que garantem a subsistência e a cultura das populações locais.
As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos na rede de comércio ilegal de madeira e lavagem de dinheiro.