
A Irlanda tornou-se o oitavo país a contribuir para o Fundo Amazônia, ao anunciar uma doação de 15 milhões de euros (cerca de R$ 91 milhões). O compromisso foi firmado durante reunião entre a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro dos Transportes da Irlanda, Seán Canney, em São Paulo.
Segundo Marina Silva, a contribuição irlandesa reflete o reconhecimento internacional dos avanços do Brasil na redução do desmatamento e ajudará a intensificar ações voltadas à preservação ambiental e ao combate às mudanças climáticas.
Criado em 2009, o Fundo Amazônia financia projetos de conservação, monitoramento e desenvolvimento sustentável, sendo abastecido por doações não reembolsáveis. Até o momento, já recebeu aportes de Noruega, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Dinamarca, Suíça e Japão.
Desde sua criação, o fundo investiu R$ 3,1 bilhões em 123 projetos voltados à proteção da floresta e ao desenvolvimento sustentável. Apenas em 2024, foram destinados R$ 200 milhões para iniciativas que ajudaram a reduzir o desmatamento e outros crimes ambientais.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, entre agosto de 2023 e julho de 2024, a taxa de desmatamento na Amazônia caiu 30,63% em relação ao período anterior. No ciclo seguinte, a redução superou 45% em comparação com 2022.
O Fundo Amazônia é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, nos anos de 2023 e 2024, conseguiu captar cerca de R$ 1 bilhão em doações após sua reativação. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a ampliação do grupo de doadores demonstra a confiança internacional no compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável.
“O BNDES continuará empenhado em fortalecer os impactos positivos do fundo e atrair novos parceiros que compartilhem a missão de preservar o meio ambiente e combater as mudanças climáticas”, afirmou Mercadante.