
Neste domingo, enquanto Rio Branco enfrenta um momento difícil, com uma crise política cheia de escândalos, promessas não cumpridas e uma gestão que parece cada vez mais distante da realidade, um grupo resolveu ir às ruas. Mas não para cobrar soluções ou lutar por melhorias. Foram defender a anistia de quem participou dos atos violentos de 8 de janeiro de 2023. Todo o Brasil viu o que aconteceu naquele dia — e ninguém pode fingir que foi pacífico. Foi um ataque à democracia, com invasões, depredações e ameaças que envergonharam o país.
Agora, tentam trazer esse discurso para o Acre, como se isso representasse algum interesse da população. Mas sejamos honestos: não representa. Esse tipo de manifestação não é sobre o povo. É sobre proteger quem tentou desrespeitar as regras do jogo democrático. É sobre passar pano para atitudes que colocaram o país em risco. E isso, a gente não pode aceitar como normal.
É triste e revoltante ver esse tipo de movimento ganhando espaço justamente quando o estado enfrenta tantos problemas reais: ruas esburacadas, hospitais sem estrutura, escolas precisando de atenção, famílias sofrendo com a falta de oportunidades e com medo da violência. O governo local é alvo de críticas por todos os lados — e, em vez de buscar respostas, parece preferir alimentar um debate que não resolve a vida de ninguém.
Essas manifestações não falam pela maioria. A maioria está trabalhando, criando seus filhos, pagando boletos, enfrentando fila em posto de saúde. Essa gente quer soluções, não espetáculo. Quer dignidade, não desculpa esfarrapada. Quer governantes que olhem nos olhos do povo e digam a verdade, mesmo quando ela é difícil.
E para os políticos que apoiam ou se calam diante disso tudo, fica o recado: a eleição está chegando. O povo está vendo quem realmente está do lado dele. E pode ter certeza: na hora de votar, muita máscara vai cair. Porque quem está com o povo, mostra isso nas atitudes — não nas palavras bonitas nem em atos de conveniência.