
O governo venezuelano volta a adotar medidas radicais em meio à crise econômica que se arrasta há anos. Desta vez, o presidente Nicolás Maduro declarou estado de emergência econômica no país.
Nesta terça-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou um decreto de emergência econômica válido em todo o território nacional. De acordo com ele, a medida tem como principal objetivo proteger a população dos efeitos de uma “guerra comercial” imposta pelos Estados Unidos, principalmente durante o governo de Donald Trump.
Com o decreto em vigor, o governo terá liberdade para adotar ações extraordinárias, como controle de preços, fiscalização de cadeias produtivas e limitação da circulação de certos bens e serviços. Maduro declarou em rede nacional que a medida é “urgente e necessária para manter a soberania econômica da Venezuela”.
Embora o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, já não esteja mais no poder, Maduro afirmou que as consequências das sanções aplicadas na época ainda impactam severamente o país. Entre os efeitos mais notáveis, estão a alta inflação, desabastecimento de produtos e desvalorização da moeda local.
Além disso, o presidente prometeu intensificar as parcerias internacionais com países aliados para buscar soluções econômicas e minimizar os efeitos das restrições comerciais.
Por outro lado, analistas internacionais criticam o decreto, alertando que ele pode aumentar a intervenção estatal em setores produtivos, afastar investidores e dificultar ainda mais a retomada econômica. Já a oposição venezuelana acusa o governo de se aproveitar da narrativa externa para desviar a atenção da má gestão interna.