Uma recente sondagem divulgada no início deste mês aponta um expressivo crescimento da vice-governadora Mailza na corrida pelo Governo do Acre. De acordo com os dados tabulados, a pré-candidata já alcança 18,7% da preferência do eleitorado da capital, o que a posiciona entre os nomes mais competitivos para a sucessão de Gladson Cameli (PP).
O avanço chama atenção pelo fato de Mailza ainda não estar cercada por alianças partidárias formais. Diferente de seus principais concorrentes, que já costuram apoios e articulam composições políticas, a vice-governadora tem se mantido focada em suas funções institucionais à frente do programa Juntos Pelo Acre — considerado o maior projeto de atenção humanitária do estado — e também como titular da Secretaria de Assistência Social.
Seu trabalho tem sido especialmente voltado à promoção de políticas públicas para mulheres, pessoas em situação de rua, vítimas das enchentes do Rio Acre e também o público religioso, grupos com os quais mantém diálogo constante por meio de ações sociais e atendimento direto.
Mailza saltou de apenas 4% na virada do ano para os atuais 18,7%, em um crescimento impulsionado também pelo respaldo do governador Gladson Cameli, que declarou publicamente apoio à sua pré-candidatura e afirmou que ela é a única representante da atual gestão na disputa. Cameli, inclusive, reforça que o nome de Mailza conta com apoio de quase 20 prefeitos eleitos e reeleitos em todo o estado.
Apesar do cenário favorável, Mailza tem evitado comentar publicamente sua performance nas pesquisas, mantendo discrição sobre os números e concentrando sua atuação em agendas administrativas.
Enquanto isso, nomes tradicionais enfrentam resistência entre o eleitorado. O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, lidera o índice de rejeição com 30,1%, seguido pelo senador Alan Rick, com 21,8%. Ambos figuram entre os nomes que a população da capital diz não pretender votar “de jeito nenhum”.
Com mais de um ano até as eleições, o cenário ainda é de indefinições, mas o crescimento de Mailza a posiciona como uma das figuras centrais na disputa. Sua estratégia de consolidar apoio a partir de entregas administrativas pode ser determinante para manter o ritmo de ascensão nos próximos meses.