Um pai de aluno denunciou nas redes sociais que seu filho foi impedido de acessar as dependências da Escola Estadual de Ensino Médio Cívico-Militar Professor Aldaci Simões da Costa, em Senador Guiomard, nesta terça-feira (22), devido ao tamanho do cabelo. O caso gerou grande repercussão na internet e provocou reações da comunidade.
De acordo com o relato do responsável, o estudante foi barrado na entrada da escola por não estar com o corte de cabelo dentro do padrão exigido pelo regimento interno da instituição, o que, segundo ele, seria uma medida abusiva e discriminatória.
Em resposta, a direção do colégio divulgou uma nota de esclarecimento nesta quarta-feira (23), reafirmando o cumprimento das normas institucionais previstas no modelo cívico-militar. Segundo o documento, todos os alunos e responsáveis são previamente informados sobre as regras de conduta, entre elas o corte de cabelo, considerado parte integrante do projeto pedagógico e disciplinar da escola.
“O cumprimento dessas normas é parte integrante do projeto pedagógico e disciplinar da escola, voltado à formação cidadã e à valorização da disciplina”, afirma a direção.
A nota ressalta ainda que a matrícula na escola implica ciência e aceitação das normas por parte dos pais e responsáveis, e considera injustificável a tentativa de desqualificar as diretrizes da instituição por meio de denúncias públicas nas redes sociais.
Além disso, a escola confirmou que houve uma denúncia envolvendo a conduta inadequada de um servidor, que teria supostamente constrangido o estudante. Segundo a gestão, o profissional foi afastado imediatamente, e as providências administrativas cabíveis foram adotadas.
“O caso segue sendo tratado com a seriedade e o cuidado que exige, respeitando os trâmites legais”, pontua o comunicado.
A escola encerra o documento repudiando a forma como a situação foi inicialmente conduzida pelo pai, por meio de publicações na internet, em vez de procurar diretamente a gestão escolar. Reforça ainda que o diálogo é o melhor caminho para resolver conflitos.
“Reafirmamos nosso compromisso com a educação de qualidade, com a disciplina e, sobretudo, com o respeito à comunidade escolar”, conclui a direção.
O caso continua gerando discussões sobre os limites entre disciplina escolar e liberdade individual, e reacende o debate sobre os modelos de gestão cívico-militar no ambiente educacional.