Nesta sexta-feira (16), mais um capítulo revoltante do caos energético em Sena Madureira se repetiu: um apagão atingiu boa parte do centro da cidade, especialmente a área comercial, deixando empresários e consumidores sem qualquer alternativa durante praticamente toda a tarde. O fornecimento irregular de energia, sob responsabilidade da Energisa Acre, mais uma vez escancarou a vulnerabilidade da infraestrutura local e o completo descaso da empresa com os moradores do município.
Sem luz, estabelecimentos precisaram fechar as portas ou operar de forma precária, enfrentando prejuízos incalculáveis com a paralisação de serviços, a perda de vendas e o risco iminente de danos a equipamentos elétricos. No período da noite, a situação piorou ainda mais: diversos bairros como Pista e Vitória registraram sucessivas quedas de energia, aumentando ainda mais o temor de prejuízos com aparelhos queimados e alimentos perecíveis estragando.
A população já não sabe mais a quem recorrer. A indignação é geral e cresce a cada nova interrupção no fornecimento de energia. Um comerciante do centro, que preferiu não se identificar, desabafou: “A gente paga caro todo mês por um serviço que não funciona. Já cansei de ligar, fazer reclamação, abrir protocolo… mas nada muda. Não tem mais a quem recorrer. Sena Madureira virou terra sem lei no que diz respeito à energia. A Energisa faz o que quer e ninguém pune.”
Vários moradores relatam que já tiveram prejuízos com aparelhos eletrônicos danificados por conta das quedas constantes de energia, mas até hoje não receberam qualquer tipo de ressarcimento por parte da empresa. “Eles nem respondem direito. A gente se sente abandonado”, relatou uma moradora do bairro Vitória, revoltada.
O que antes era considerado um problema pontual, hoje já se tornou rotina. As falhas constantes no fornecimento, a ausência de respostas concretas por parte da Energisa e a aparente impunidade com que a empresa atua geram um sentimento de revolta generalizado na cidade.
Enquanto isso, comerciantes e moradores seguem acumulando prejuízos e convivendo com a incerteza de quando o próximo apagão vai acontecer. O que se vê é uma cidade cada vez mais refém da ineficiência de uma concessionária que parece ter perdido completamente o controle da situação — e a confiança da população.