A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) confirmou, nesta quarta-feira (30), mais três casos de mpox (antiga varíola dos macacos) em Manaus. Com isso, a capital chega a 33 casos confirmados em 2025, o maior número da Região Norte até o momento, segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde. O Pará aparece em seguida, com 19 casos.
De acordo com o informe da FVS-RCP, todos os pacientes confirmados são do gênero masculino. A capital amazonense encerra o primeiro quadrimestre do ano com 63 notificações da doença, sendo sete na última semana, um caso ainda sob investigação e 29 descartados. Nenhuma morte foi registrada. Não há casos confirmados no interior do estado até o momento.
O número de casos já ultrapassa os registros de todo o ano de 2023, quando foram confirmados apenas dez. Os diagnósticos de 2025 representam 39,7% dos 83 casos registrados em todo o ano anterior.
Segundo o boletim, 60,6% dos infectados têm entre 30 e 39 anos; 24,2%, entre 20 e 29; e 15,2%, entre 40 e 49 anos. Janeiro teve o maior volume de notificações (13), seguido de abril (11), março (6) e fevereiro (3).
Redução nos casos
Apesar do avanço em relação a 2023, os números apresentam uma tendência de queda. A FVS-RCP registrou uma redução de 56% nos casos de mpox no primeiro quadrimestre de 2025, em comparação com os últimos quatro meses de 2024. O resultado é atribuído ao trabalho de monitoramento e às ações estratégicas conduzidas pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), em conjunto com os municípios.
“Manter a população informada e a vigilância ativa são medidas essenciais para evitar surtos. Atuamos com transparência e foco na assistência, com profissionais preparados nas unidades de saúde”, afirmou a secretária da SES-AM, Nayara Maksoud.
O acompanhamento é feito pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) e pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Amazonas (CIEVS-AM), em integração com os CIEVS municipais.
Assistência e atendimento
Pessoas com sintomas suspeitos — como febre, lesões na pele e cansaço extremo — devem procurar atendimento imediato na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Casos que exigem coleta de amostras são encaminhados a unidades de referência. Gestantes, crianças e pacientes com lesões mais graves são direcionados à Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, na zona Centro-Oeste de Manaus.
Desde o início da circulação do vírus no estado, em 2023, o Amazonas investe em capacitações para profissionais de saúde, rastreamento de contatos e campanhas educativas voltadas à população.
Reforço em grandes eventos
Durante festividades de grande porte, como o Festival de Parintins, em junho, as ações de vigilância são reforçadas com o envio de equipes volantes para o município. “Nosso objetivo é garantir resposta rápida, segura e eficaz, protegendo a população sem comprometer os eventos culturais”, explicou Augusto Zany, coordenador de Planejamento e Ações Estratégicas da FVS-RCP.
Como se prevenir
As autoridades reforçam as seguintes orientações para reduzir o risco de infecção por mpox:
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Evitar contato direto com lesões de pele, secreções ou objetos contaminados;
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Lavar as mãos com frequência com água e sabão ou álcool em gel;
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Praticar sexo seguro e estar atento a sinais suspeitos no parceiro;
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Manter etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar);
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Utilizar máscaras em ambientes fechados e mal ventilados;
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Manter rigor na higiene pessoal e de objetos de uso individual.
Os dados atualizados da mpox no Amazonas são divulgados todas as quartas-feiras pela FVS-RCP e estão disponíveis no site www.fvs.am.gov.br.