30 maio 2025

Réu no caso Nayara Vilela admite posse de armas e gravação para mãe da vítima

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No segundo dia de audiência de instrução e julgamento do caso que investiga a morte da cantora Nayara Vilela, Tarcísio Araújo, acusado de feminicídio, admitiu nesta sexta-feira (9) que possuía três armas registradas, uma delas mantida em sua residência. O crime ocorreu em abril de 2023.

Durante o depoimento, Araújo confirmou que costumava deixar uma das armas no closet e, em algumas ocasiões, na cabeceira da cama do casal. “Tinha três armas. Uma ficava em cima do closet e, quando eu estava em casa, ficava do meu lado”, afirmou.

O réu também declarou que, momentos antes do disparo, gravou um vídeo para a mãe de Nayara. Segundo seu relato, a mãe da vítima iniciou uma chamada de vídeo com a filha enquanto esta já apontava a arma para a própria cabeça. “Ela gravou os vídeos dela, eu fiz um vídeo pra mãe dela. A mãe dela já ligou em chamada de vídeo. Aí eu abri a porta duas vezes e, na segunda vez, ela já estava com a arma na cabeça. Eu fiquei calado”, descreveu.

Araújo afirmou que tentou persuadir Nayara a desistir, dizendo “Amor, larga a arma”, mas que a tragédia foi inevitável. Após o disparo, ele disse ter prestado os primeiros socorros à cantora.

No depoimento, o réu revelou que passou por tratamento psicológico após a morte da esposa. “Fiz um tratamento após o ocorrido”, declarou, ressaltando que nunca se referia à cantora de forma pejorativa. “Nunca chamei de ‘louca’. Era ‘amor’, sempre foi carinhosamente”, afirmou.

Por fim, Araújo contou que, algum tempo após a morte de Nayara, viajou para o Peru, mas não detalhou os motivos da viagem.

As audiências do caso seguem, com depoimentos de testemunhas e a análise de provas.

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